O ex-zagueiro Lúcio, pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira, atuou por Palmeiras e São Paulo na reta final de sua carreira e opinou sobre a final da Supercopa do Brasil, em entrevista ao “Torcedores.com”. Ele também relembrou a época em que atuou pelos dois clubes, no entanto, as memórias do Tricolor Paulista não são as melhores.
“A diretoria achou que eu deveria ficar afastado do elenco, não entendi o motivo, não foi uma decisão correta. Houve a mesma conduta com outros jogadores. As trocas de treinador também contribuíram para isso. A falta de respeito com qualquer jogador não pode ser tolerada. Independentemente se foi comigo, com a minha história no futebol, é algo que não pode acontecer. Um diretor não vir falar contigo para esclarecer as coisas. Nenhum atleta merece um tratamento do tipo que tive no São Paulo, até porque nunca faltei a um treino e fui indisciplinado. O São Paulo vivia um momento complicado, de muita politicagem e disputa de poder”, conta.
No Palmeiras, Lúcio afirma que teve tratamento totalmente diferente e que sua identificação com o clube foi maior.
“Eu tenho mais identificação com o Palmeiras. Consegui ficar um ano e ter consistência. A forma com que eu saí do São Paulo foi muito desagradável. No Palmeiras, tive um tratamento muito mais profissional, respeitoso e acolhedor. A forma com que eu saí do clube foi muito tranquila, como tem que ser, pois isso, faz parte do futebol. O respeito faz diferença. A diferença entre ambientes, para mim, foi gritante”.
Palmeiras é favorito ao título da Supercopa
A respeito da decisão da Supercopa do Brasil, no próximo domingo (4), no Mineirão, Lúcio indica um leve favoritismo para um dos times, mas pondera que o nível de disputa será alto.
“Será um jogo muito disputado e bonito. Tem tudo para ser um bom espetáculo. São duas equipes que estão muito fortes. O São Paulo passou um período sem títulos e agora está retomando a confiança. O Palmeiras já tem uma estrutura montada, com alto investimento feito e com um treinador que faz a diferença. Veiga e Rony são muito decisivos, mas por outro lado o São Paulo também tem atletas decisivos como o Calleri e o Lucas. Por ser um clássico estadual, a determinação de cada um é que vai decidir. Mas coloco um pouco mais de favoritismo para o Palmeiras, pela estabilidade nos últimos anos e pelo fato de estar ganhando títulos há muito tempo, algo que tira o peso dos jogadores”, indica.
O ex-jogador, campeão da Copa do Mundo com a Seleção em 2002, conta que a estrutura fora de campo do alviverde é fundamental para o momento que a equipe vive.
“O Palmeiras tem feito um ótimo trabalho não só dentro do campo, mas pela tranquilidade que é passada pela diretoria e pelo planejamento que é feito. Não apenas pelo elenco, que é muito bom, mas pelo o que constrói ao longo desses anos”, aponta.
Lúcio atuou no São Paulo em 2013, quando fez 31 jogos e anotou dois gols. Pelo Palmeiras, ele jogou no ano seguinte e realizou 47 jogos, com o mesmo número de gols marcados. Ele também jogou pelo Internacional, Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, Inter, Juventus, Goa (IND), Gama e Brasiliense.
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