Conquistando legiões de fãs e jogadores a cada ano, os e-sports agora terão reforço para ser pauta dentro do Congresso Nacional. Nesta terça-feira (20/2), a Casa criou a Frente Parlamentar em prol dos Jogos Eletrônicos e Games, com mais de 200 parlamentares envolvidos para promover o aprimoramento da legislação do setor e propor ações de desenvolvimento da área. A previsão é de 22 bilhões de reais de investimento apenas em 2024.
“Vamos trabalhar para levar projetos aos municípios do Brasil, aos estados, porque um dos princípios da Frente é profissionalizar aqueles que praticam o e-sport, mas praticam sem ter um direcionamento correto. Queremos criar institutos para profissionalizar jovens, crianças e adultos, para que essas pessoas possam entrar no mercado de games, que é enorme e precisa de muita mão de obra já especializada”, disse o presidente da Frente Parlamentar, deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO).
“Precisa ser muito bem conduzido, tem que ter legislação, porque hoje as coisas acontecem sem nenhuma. Uma das principais missões é criar essa legislação para cuidar da indústria e apoiar os jogadores. Queremos criar leis para dar amparo também às crianças, porque as famílias muito se preocupam com os jogos que não são adequados”, complementou o parlamentar.
A criação da Frente serve para ajudar a atender as demandas do setor e também dos brasileiros que jogam. Segundo um estudo da Pesquisa Game Brasil (PGB), 70% da população nacional pratica algum jogo eletrônico, seja por celular, computador ou console, marca que coloca o país como o 5º maior mercado de games do mundo, de acordo com a Newzoo.
O Distrito Federal, inclusive, é candidato para receber em 2024 a edição do Pan-Americano de Jogos Eletrônicos, já com negociações em andamento. A competição vale lugar no Mundial da categoria, marcado para dezembro, na China. Para o presidente da Confederação Brasileira de Games e eSports (CBGE), Paulo Ribas, o cenário deixa claro o crescimento da modalidade.
“São centenas de parlamentares debatendo o tema da indústria de games, do e-sport. Quando isso chega na Câmara, onde nascem os projetos de lei, a regulamentação, a legislação, é porque os jogos eletrônicos chegaram onde deveriam estar”, pontua Ribas.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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