O jogador Daniel Alves foi convocado a comparecer a um tribunal de Barcelona, na Espanha, nesta quarta-feira (21/2). A juíza Isabel Delgado Pérez, responsável pelo caso que analisa a acusação de agressão sexual contra o jogador também convocou outras partes do processo: a promotora, Elisabet Jiménez; a promotora e advogada da denunciante, Ester García; e a defesa e advogada de Daniel, Inés Guardiola. As informações são do jornal catalão La Vanguardia.
A provável data da leitura da setença do jogador é 7 de março. Mas há a possibilidade de que a juíza já tenha redigido o documento. O julgamento do atleta ocorreu entre 5 e 7 de fevereiro. Na audiência, Daniel Alves negou a agressão sexual e alegou que a relação com a vítima foi consensual.
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Ao longo do processo de investigação do caso, Daniel Alves trocou cinco vezes de versão sobre o ocorrido em 30 de dezembro de 2022. Em janeiro do ano seguinte, ele negou que teve relações sexuais com a vítima e que nem a conhecia, quando questionado por um programa de TV da Espanha.
O jogador foi preso preventivamente em 20 de janeiro de 2023, quando mudou de versão outra vez e declarou que de fato teria tido relações sexual com a vítima, de forma consensual, alegando que a mulher teria feito sexo oral nele. A justificativa para não dar essa versão em primeiro momento foi de que seria para proteger a vítima e a esposa dele.
A última versão tinha sido apresentada em abril de 2023, quando Daniel disse que houve uma relação sexual, com penetração e consensual. A mudança ocorreu após a perícia identificar DNA do jogador. Novamente alegou que a justificativa para não dar essa versão em primeiro momento foi de que seria para proteger a vítima e a esposa.
Se Daniel Alves for considerado culpado, ainda poderá recorrer ao Tribunal de Apelação, mas terá de aguardar o novo processo na prisão. A pena máxima para o crime de estupro na Espanha é de 12 anos de prisão. O Ministério Público pede nove anos de reclusão. Mas a tendência é que, se condenado, o jogador tenha, no máximo, seis anos de cárcere. O motivo é o pagamento da defesa à Justiça, ainda no início do processo, no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil).
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