Ainda é começo de temporada. Ainda são só quatro pelejas, mas está “chovendo” para todos e o time de Luiz Felipe Scolari ainda não soltou o freio de mão.
Em meio ao Carnaval, o Atlético reinicia a semana com uma preocupação paradoxal: jogar mais futebol . Até aqui, tirando o inocente Democrata-GV, que jogou de “peito aberto”, não houve facilidade para o Alvinegro.
Antes disso, um desconto dado pelas condições ruins do gramado não cortado no revés (2 a 1) contra o Patrocinense. Mas, depois, uma derrota vexatória contra o Cruzeiro por 2 a 0 e uma vitória de mesmo placar contra o Athletic às custas do “resolve” Hulk.
A semana para o Galo e para Felipão
Nesta quarta-feira de cinzas (14), o Galo volta à cena às 20h, na Arena MRV. Desta vez será o Tombense, num confronto decisivo, já que os dois estão na segunda colocação dos seus grupos e apenas o vice-líder de maior pontuação irá às semifinais. O time de Tombos está no grupo A com oito pontos e o Atlético no grupo B com seis pontos.
No fim de semana, o time de Scolari vai a Brasília enfrentar o Itabirito, debutante do Mineiro, no sábado (17), às 16h30. O Gato do Mato está em terceiro lugar no grupo A com quatro pontos.
Mas, muito além dos adversários, o torcedor atleticano está chateado com o rendimento do seu time. Considerando uma escola de samba, o Atlético tem blocos espaçados, sem coesão, apesar de um ótimo mestre-sala (Hulk), um puxador de “samba” gabaritado (Scarpa), além de um elenco qualificado.
Evolução é o problema do momento
Se considerarmos que a evolução é um quesito que mede os buracos “na pista” nas apresentações de Carnaval, o Atlético de Felipão se mostra problemático demais nesse critério. A harmonia fica comprometida também quando as funções no meio-campo ainda não estão sintonizadas e, assim como no samba-enredo, isso interfere no som uniforme, na batida perfeita e na beleza da “apresentação”.
A construção do enredo precisa ser coerente com a proposta do ano. O Galo ainda vive uma indefinição natural de início de temporada, mas os alertas de conexão, de amarração, de jogo mais rápido, coeso e de uma proposta de jogo esperta e que tenha alternativas é mais que necessária para um ano promissor.
O Atlético precisa ter coesão e alternativas táticas para variar durante o jogo, é excelência de troca de pneus de Fórmula 1. Não será possível sempre jogar na “trocação”. É preciso infiltrar, trocar posições, aproximar, ter mais gente na construção ofensiva, ou seja, é preciso ser organizado defensivamente e desorganizar o adversário. É treino, repetição e diálogo de jogo. O resto é coletiva de “não sei dizer, não tem que explicar”. Está chovendo para todo mundo e é preciso jogar muito mais futebol e o Scolari sabe disso.
Salve a evolução do time do Felipão!
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