A lesão no menisco do joelho esquerdo de Joel Embiid promete causar um impacto na NBA inteira, não apenas no Philadelphia 76ers, que perde a estrela por, no mínimo, quatro semanas. O pivô camaronês, recém-naturalizado estadunidense, liderou desde o começo da temporada a corrida para vencer o prêmio de jogador mais valioso (MVP) pela segunda vez consecutiva, mas o tempo fora de quadra deixou o sonho do bi muito distante – para não dizer impossível. Com o gigante de 2.13 metros fora do páreo, agora a briga para ficar com a principal glória individual da liga está aberta para valer.
O problema para Embiid é o novo acordo coletivo feito em abril de 2023 entre a NBA e os atletas. Na ocasião, as partes combinaram que para um jogador ser elegível aos prêmios da temporada, como MVP, defensor do ano, melhor calouro e outros, ele precisaria ter entrado em ação por ao menos 65 dos 82 jogos da temporada. Entre lesões menores e vezes em que foi poupado, o pivô já perdeu 15 partidas. Se continuar fora pelo tempo mínimo previsto, de quase um mês, ele já iria acumular 26 ausências, quase um terço dos compromissos da fase regular.
Em tempos passados, isso certamente não seria motivo para perder o prêmio. O MVP com menos jogos em uma edição completa, com 82 confrontos, foi Bill Walton em 1977/78, quando atuou em apenas 58. Karl Malone em 1998/99 também entra na lista com 49 vezes em quadra, porém na ocasião a temporada foi encurtada para 50 embate devido à uma paralisação.
Restando cerca de 30 jogos por equipe antes dos playoffs, o posto de favorito, segundo a própria liga, é um velho conhecido que já teve o prêmio em mãos durante outros carnavais: Nikola Jokic. Duas vezes MVP e atual campeão da NBA, o pivô sérvio está com médias de 26.3 pontos, 12.1 rebotes e 9 assistências, liderando o Denver Nuggets para uma campanha de 35 vitórias e 16 derrotas, além do terceiro lugar na conferência Oeste.
Logo atrás na corrida está Shai Gilgeous-Alexander, principal nome do Oklahoma City Thunder, líder do Oeste com o mesmo recorde do time de Jokic, mas na frente pelos critérios de desempate. O armador canadense de 25 anos é uma das principais armas ofensivas da competição e acumula 31.3 pontos, 5.6 rebotes e 6.4 assistências em 50 partidas até aqui. Do outro lado da bola, ele ainda rouba 2.2 bolas adversárias por jogo e lidera a liga no quesito.
Para Embiid, resta a esperança de ainda poder voltar à ação na atual edição e tentar conquistar o primeiro título da carreira para coroar a temporada que vinha sendo brilhante até a lesão no menisco. Para dimensionar os feitos do camaronês, ele anotou 70 pontos na partida contra o San Antonio Spurs de Victor Wembanyama, a quinta maior pontuação em um jogo na história da NBA. A média de 35.3, com 53.3% de aproveitamento nos arremessos, ainda o colocaria em um grupo seleto ao lado de apenas Michael Jordan e Wilt Chamberlain entre atletas que repetiram o feito.
Há um mês, o jogador do 76ers disse não estar preocupado com o MVP, mas sim em vencer o campeonato. “Eu já fiz isso (ganhar o prêmio de MVP). Se tiver a chance de ter um segundo, eu farei, mas não vou me forçar por isso. Meu jogo sempre vai falar por si só. Estamos ganhando jogos, isso é o mais importante. Temos que continuar assim, e se tiver os números para estar na conversa (de MVP), seria ótimo. Mas se no final do dia algo acontecer e eu não alcançar a quantidade de jogos que me qualificam para isso, então paciência”, comentou o craque.
Médias dos favoritos:
Joel Embiid - pivô do Philadelphia 76ers
35.3 pontos (lidera a NBA)
11.3 rebotes
5.7 assistências
1.8 tocos
Nikola Jokic - pivô do Denver Nuggets
26.3 pontos
12.1 rebotes
9.0 assistências
1.2 roubada
Shai Gilgeous-Alexander - armador do Oklahoma City Thunder
31.3 pontos
5.6 rebotes
6.4 assistências
2.2 roubadas (lidera a NBA)
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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