A família do jogador Endrick foi vítima de ataques racistas na noite de quinta-feira (8/2) após a partida entre Brasil e Venezuela no campeonato Pré-Olímpico de futebol, da qual a seleção canarinha saiu vitoriosa por 2X1 e manteve o sonho da classificação para Paris-2024 vivo. O jogo ocorreu no país vizinho.
O jogador postou um vídeo, que posteriormente foi apagado, que mostra a família dele acompanhando o jogo das arquibancadas e, em certo momento, é possível ouvir termos racistas direcionados ao pai do atleta, Douglas Ramos. Os agressores também fizeram gestos de macaco.
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Na postagem feita por Endrick, ele chegou a pedir desculpas ao pai e ao padrinho pelo "momento". "Infelizmente aconteceu com a minha família e amigos, mas Deus sabe de todas as coisas", e marcou a Conmebol na postagem. O vídeo foi apagado pelo jogador, mas viralizou nas redes sociais.
Em nota publicada nas redes sociais, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), repudiou os atos.
Veja a íntegra da nota:
A CBF repudia os atos de racismo cometidos contra familiares do jogador Endrick ocorridos na noite dessa quinta-feira no Estádio Brígido Iriarte, em Caracas, durante e após o jogo em que a Seleção Brasileira Pré-Olímpica venceu a Venezuela por 2 a 1.
As manifestações de criminosos com camisas da seleção adversária eram dirigidas notadamente ao pai de Endrick, Douglas Ramos. Eles faziam gestos imitando macacos.
Tão logo informado sobre o episódio, o chefe da delegação da Seleção Brasileira na Venezuela, Daniel Vasconcelos, em nome do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se solidarizou com o atleta e seus familiares.
A CBF foi a primeira entidade nacional de futebol do mundo a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023.
Desde 2022, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. E conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.
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