Principal e mais decisivo jogador do Flamengo no período vitorioso da atual geração, Gabigol vai começar 2024 em um patamar muito diferente do habitual. Hoje, o atacante rubro-negro abre a temporada, às 21h30, contra o Audax-RJ, na inédita condição de reserva da equipe. A situação foi causada por um ano abaixo da própria média e potencializada por um extenso jejum de gols. Fora das próprias características artilheiras, o atacante não marca um gol desde agosto de 2023. A partida na Arena da Amazônia, em Manaus, também marcará a estreia do clube na nova edição do Campeonato Carioca.
Maior artilheiro do Flamengo no século, com 153 bolas na rede, goleador máximo do clube em finais (14 gols em 15 decisões), jogador brasileiro com maior número de bolas na rede em partidas de Libertadores (31) e atleta de melhor desempenho ofensivo pelo rubro-negro em uma só edição do Campeonato Brasileiro (25, em 2019), Gabigol não tem nenhuma afinidade com o termo jejum vestindo vermelho e preto. No entanto, 2023 trouxe o ápice dessa experiência negativa para o atacante. Apesar de ter marcado 20 vezes na última temporada, o jogador não vive um encontro pessoal com as redes há quase seis meses.
O último gol de Gabi pelo Flamengo foi em 20 de agosto de 2023, de pênalti, na vitória dos cariocas sobre o Coritiba, por 3 x 2. Desde então, passaram-se 148 dias de abstinência. Em tempo de jogo, a agonia do camisa 10 soma 813 minutos em 13 jogos. A má-fase do recorte decretou a condição de reserva. No período, o atacante jogou apenas duas vezes como titular. Nas outras 11, foi renegado à reserva. A maioria delas sob o comando de Tite, o atual treinador. Contra o Audax, novamente ele deve começar como opção. Luiz Araújo, Pedro e Everton Cebolinha são os mais cotados para começarem jogando.
As poucas oportunidades no ciclo rubro-negro iniciado em outubro são provocadas por dois fatores: a predileção de Tite pelo estilo de jogo de Pedro e as limitações físicas impostas por uma lesão no tendão do adutor direito, maximizada nos últimos jogos de 2023. Em dezembro, em entrevista ao podcast Podpah, Gabi externou certo descontentamento com a situação. "Quase todos os jogadores começaram com Tite e eu não. Falei para ele que não estou suave. Quero jogar, mas não é um pensamento individualista. Ter mais oportunidades", ressaltou.
Na mesma entrevista, o atacante mostrou ciência da receita para mudar o cenário. "O que eu posso fazer é treinar, mostrar que eu sou útil e ter mais tempo de jogo. Quando ele precisar, vou estar lá", garantiu. Em busca de um 2024 especial, Gabi treinou nas férias e antecipou o retorno ao Flamengo: frequentou o Ninho do Urubu uma semana antes da reapresentação oficial. O empenho gerou evolução na forma física do camisa 10, rendendo elogios internos e de torcedores. "Estou me cuidando para não estar 70%, 80%, mas 200%. Minha esperança é que vai ser um ano especial para mim. Vai ser mágico", profetizou.
Além da fé, o atacante retomou um mantra visual e começará a temporada com a mesma cor de cabelo de grandes momentos no Flamengo. "Quando eu estou loiro, esquece", escreveu, ontem, nas redes sociais. Repleto de confiança, o camisa 10 deve ganhar alguns minutos contra o Audax-RJ para desencantar. Depois, sai de cena ao menos até a quinta rodada do Carioca ao viajar para a pré-temporada do clube, nos Estados Unidos. Gabigol começa 2024 diferente, mas com o foco fixo em voltar a brilhar e honrar o próprio apelido.
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