A reabertura dos portões do Bezerrão para a torcida gamense fez a diferença. Em atuação dominante, a equipe alviverde foi pouco ameaçada pelo Planaltina, neste sábado (13/1), e venceu por 2 x 0 na estreia no Campeonato Candango, com gols de Patrick e Dieguinho. Porém, a grande atração da noite ficou por conta da presença das arquibancadas.
Era nítida a felicidade dos apoiadores nos arredores do Bezerrão. Com sorrisos estampados nos rostos, os gamenses tiraram as camisetas dos armários para, enfim, cantar pelo tradicional clube do DF no lar, doce lar. Entre camisetas atuais e antigas, algumas da década de 1990, por exemplo, um mar verde se acumulava na escadaria da entrada.
Se fora da arena a avalanche alviverde era grande, dentro havia uma festa nos embalos do sábado à noite. Fogos de artifício, hino entoado e bandeiras retratavam bem o valor do momento. Torcedores de diversas idades marcaram presença. O casal Rodrigo, 36 anos, e Tatiane, 35, pais de Grazielle, 17, e Guilherme, 10, diz ser assíduo do Gama. Tatiane conta que ir ao Bezerrão era uma tradição de família.
"Sempre que tem jogo, estamos no estádio. Vir aqui é algo que meus pais implementaram para mim, quando pequena, e levei para a família. Agora, pude passar para os meus filhos. O próprio Guilherme, que joga na escolinha do clube, ama futebol, e vai poder entrar com os jogadores", compartilhou.
"Estávamos esperando por esse momento, parecia que o estádio não voltaria nunca. Torcemos muito para que o Gama volte às principais prateleiras do Brasil, pois é o nosso time do coração", endossou Rodrigo. Ele e a esposa estiveram no jogo final da Série B de 1998, contra o Londrina, no Mané Garrincha. "Foi inesquecível", relata.
Morador do Gama há 55 anos, Wander era todo sorriso. É mais um que fez do clube tradição familiar. Ontem, esteve acompanhado do filho Mateus, 23 anos, e do sobrinho David, 29. "É muito gratificante vir aqui e viver essa paixão de novo. O governo e a torcida está de parabéns. Em Brasília, não tem outra torcida igual", alfinetou Wander.
Marília Sena, 27, é filha e neta de gamenses "roxos" e conta que ganhou até festa de aniversário temática do clube. "Eu não vinha ao estádio há anos. A sensação é única. Meu avô morou no Gama desde a fundação. O time faz parte da minha história", comenta. Ela aproveitou a data para "converter" o amigo e turista Vitor Sousa. "O estádio e a torcida são um espetáculo. Fiquei impressionado, vim e não me arrependi, pelo contrário. Já sou torcedor do Gama", disse o paulista.
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini
Saiba Mais