Investidor e presidente do conselho da Sociedade Anônima Futebolística (SAF) do Atlético, o empresário Rubens Menin se juntou a Sérgio Coelho, presidente da associação, para explicar em vídeo como ficam as dívidas do Galo após o início da operação da SAF.
O conteúdo, publicado nas redes sociais do empresário nesta quarta-feira (3/1), é o segundo da série ‘SAF do Galo sem segredos’, que se propõe a responder as principais perguntas sobre o tema.
No primeiro vídeo, Menin e Coelho responderam à questão “O que é a SAF e qual a importância dela para o Atlético?”.
Veja o que eles falaram
“A SAF absorveu todas as dívidas, mas tem um ponto que quero destacar. Essa entrada inicial de R$ 900 (913) milhões quitou dívidas, sobraram algumas, mas agora elas são mais gerenciáveis, vão ter taxas menores, alongamento de prazo. O Atlético, com uma boa gestão e tendo superávit operacional, que é o objetivo da SAF, vai pagar essas dívidas num período relativamente curto, de três, quatro anos, talvez. E aí, sim, vamos ficar com uma SAF ‘redondinha’ para poder investir e o Atlético ter espaço na frente entre essas potências do futebol”, iniciou Rubens Menin.
“O valuation do Atlético foi de R$ 2,1 bilhões de reais, valor igual à soma das avaliações dos três maiores clubes que recentemente fizeram SAF no Brasil (Botafogo, Vasco e Cruzeiro)”, finalizou Sérgio Coelho.
Atlético abateu valor milionário de dívida bancária com aporte da SAF
O Atlético já abateu cerca de R$ 300 milhões em dívidas bancárias com o aporte inicial do clube-empresa. A informação foi divulgada por Bruno Muzzi, CEO do Galo, em dezembro, em bate-papo informal com jornalistas na sede do clube mineiro, no Bairro Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com o dirigente, o Atlético paga, em média, CDI (Certificado de Depósito Interbancário) + 6% de juros das dívidas bancárias. O valor corresponde a cerca de 18% ao ano.
De forma isolada, portanto, o montante abatido geraria juros de cerca de R$ 54 milhões para pagamento por parte do Atlético em 2024. Ainda de acordo com Bruno Muzzi, a SAF ainda precisa quitar cerca de R$ 400 milhões em dívidas bancárias.
Perfil da dívida do Atlético em julho de 2023, segundo Bruno Muzzi
- R$ 600 milhões com bancos
- R$ 440 milhões em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) da Arena MRV
- R$ 313 milhões com as famílias Menin e Guimarães
- R$ 300 milhões de Profut (programa do Governo Federal)
- R$ 160 milhões em dívidas trabalhistas e acordos com clubes, atletas e agentes
O aporte inicial da SAF do Atlético foi de R$ 913 milhões, sendo R$ 313 milhões em conversão de dívidas com as famílias Menin e Guimarães. Diretamente aos cofres do clube, em novembro, entraram cerca de R$ 500 milhões. O Galo ainda pretende captar no mercado os outros R$ 100 milhões faltantes.
Em suma, do montante inicial aportado, o Atlético ainda não detalhou o destino de R$ 200 milhões. O clube trabalha para atacar as dívidas mais onerosas, que geram juros agressivos e são as mais prejudiciais à saúde financeira da instituição.
Tentativa de “rolagem” da dívida
O Atlético também tenta melhorar prazos das dívidas bancárias – especialmente as de vencimento em curto prazo. Junto aos bancos, o clube negocia novas datas de pagamento, bem como redução de taxas de juros.
A informação também foi detalhada por Bruno Muzzi. O CEO do Galo é quem conduz as negociações com as instituições financeiras.
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