O Brasil faturou uma inédita medalha olímpica nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. A conquista histórica foi realizada, ontem, por Zion Bethonico, que ficou com o bronze no snowboard cross, em Gangwon.
“Eu dedico a minha medalha ao meu irmão Noah, que foi o meu diferencial. Ele esteve comigo o tempo todo. Durante a competição, depois de todas as minhas descidas, ele subiu comigo na gôndola fazendo uma revisão do percurso, procurando me ajudar a melhorar a cada nova bateria. Eu queria um pouco mais, tive de enfrentar alguns obstáculos na final, mas estou muito satisfeito. Essa medalha é para ele, que é quem sempre esteve mais próximo”, comemorou Zion.
Até então, a melhor campanha do Brasil em Jogos da Juventude havia sido de Marley Linhares, oitavo colocado no monobob, em Lillehammer-2016. Se o Brasil ainda não tinha medalha nas modalidades olímpicas de gelo e neve, essa tem um “gostinho” ainda mais especial, por ter sido desenhada pelo arquiteto brasileiro Dante Akira Uwai.
“Essa medalha é um pedacinho do Brasil no outro lado do mundo. Começou com Dante desenhando a medalha e, felizmente, termina comigo a levando de volta para casa. Não só a medalha, mas ver a minha bandeira subindo foi muito bom”, festejou o jovem de 17 anos.
Essa é apenas a segunda medalha de países da América do Sul em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. A primeira foi a prata do colombiano Diego Amaya, na patinação de velocidade, em Lausanne-2020. Mas para o jovem de Florianópolis, apaixonado também por artes marciais e jogos eletrônico competitivos como League of Legends, Call of Duty e God of War, esse é só o começo e os planos para o futuro estão traçados.
“Estou um pouco preocupado porque estão arrumando muita entrevista para mim e eu havia planejado ir para a academia com meus amigos”, disse entre risos. “Mas o plano é continuar com foco, seguir competindo forte e pegar um ouro nos Jogos Olímpicos adultos”, completou Zion.
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