Novak Djokovic é o protagonista da primeira grande trama das quadras de tênis em 2024. Recordista de títulos de Grand Slams, com 24 troféus, o sérvio de 36 anos também carrega a faixa de atual e maior campeão do Australian Open. É o poderoso chefão. Intimida, faz caras e bocas em frente às câmeras e esbanja intimidade com os holofotes. A figura mais emblemática da modalidade na atualidade é uma das atrações em cartaz da disputa que começa neste sábado (13/1), a partir das 21h, em Melbourne, e abre a temporada de grandes espetáculos com a bolinha.
A sinopse do show nas arenas Rod Laver, Margaret Court e John Cain apresenta aspectos diferentes em relação às versões anteriores. Pela primeira vez desde 1999, Djokovic não contracenará com Roger Federer e/ou Rafael Nadal no palco australiano. Dono de 20 canecos de Grand Slams, seis do Australian Open, o suíço se aposentou em 2022. Vitorioso em 22 torneios do mais alto calibre, incluindo dois na Oceania, o espanhol é ausência inédita devido a uma lesão no quadril que o levou à desistência.
O Big Three, como é chamado o grupinho dos três tenores das quadras, marcou época. Dos 20 Australian Opens disputados de 2000 a 2023, 18 foram conquistados por um deles. Sozinho, Djokovic faturou 10 em 18 participações desde a estreia em 2006. Quem regeu a turma daquele ano, quando o sérvio ainda não era isso tudo? Roger Federer, com o bicampeonato.
O fato de Djokovic não ter de lidar com as sombras de Federer e Nadal não significa que haverá vida fácil. O número um do mundo possivelmente terá de lidar com o talento da "nova guarda" do tênis. Carlos Alcaraz é o expoente da geração. Vice-líder do ranking, o espanhol foi o único a tirar uma casquinha do sérvio no ano passado, na final de Wimbledon. Dono do terceiro posto da classificação da Associação Masculina de Tênis (ATP, na sigla em inglês), o Daniil Medvedev arrisca interromper a hegemonia. O russo foi vice-campeão do US Open ao ser derrotado por Djokovic na decisão, em Nova York. O italiano Jannik Sinner (4º) e o alemão Alexander Zverev (6º) também são cotados ao título. Porém, antes de pensar nos principais concorrentes, Djokovic precisará espantar a zebra. No domingo, às 5h (de Brasília), medirá forças com o croata Dino Prizmic, número 178 do mundo.
Brasileiros
O Brasil não poderia ficar de fora do primeiro grande desfile do tênis mundial. A principal esperança de vitórias do país atende por Beatriz Haddad Maia (11ª). A paulistana de 27 anos chegou à Austrália com pompa para alcançar uma campanha melhor do que em 2023, quando caiu na primeira rodada. Campeã das duplas no WTA 500 de Adelaide, também na Austrália, ao lado da estadunidense Taylor Townsend, Bia estreia no domingo (14/1), por volta às 21h, contra a tcheca Linda Fruhvirtová, de 18 anos, e almeja, com a classificação, no mínimo igualar a melhor campanha da carreira no torneio. A favorita é Iga Swiatek, líder do ranking. Ela estreia no mesmo horário da brasileira. Elena Rybakina (Cazaquistão), Ons Jabeur (Tunísia) e a atual campeã Aryna Sabalenka (Bielorrússia) também são destaques.
Neste sábado, a partir das 23h15, o paranaense Thiago Wild entra em ação contra desafio de alta voltagem. O adversário no debute será o Andrey Rublev. O russo é o atual quinto colocado do ranking da ATP. O Brasil também participará das chaves de duplas com Luisa Stefani, Ingrid Martins, Marcelo Melo, Rafael Matos e Marcelo Demoliner.
Programe-se
Australian Open
Quando: 13 a 28 de janeiro
Horário: A partir das 21h (de Brasília)
Onde assistir: ESPN e Star+ (streaming)
Saiba Mais
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