O terceiro lugar na última edição não foi o suficiente para deixar o Paranoá satisfeito. Depois de repetir o marco de 2005, o clube novamente alcançou um pódio, mas o objetivo da vez é chegar na final para brigar pelo título e classificar para a Série D. Mantendo a base do bom trabalho em 2023, o time apostou na contratação do ex-jogador Agnaldo Liz para liderar a equipe rumo a voos maiores e tentar conquistar um calendário cheio na temporada seguinte.
A chegada do novo técnico, com passagem pelo Brasiliense nos tempos em que ainda usava chuteiras, eleva de patamar o clube, mas pesa contra o fato dele ter desembarcado na capital faltando apenas duas semanas para a estreia no estadual, substituindo Augusto César. Apesar de já estar perto do jogo inicial, o comandante se diz motivado pela chance recebida, mesmo que de última hora.
“Resolvi dar um tempo e ficar em casa, poder ficar com minha família, mas aí surgiu essa oportunidade. Estava ansioso para voltar a trabalhar e eu sabia que estava sendo feito um bom trabalho de pré-temporada aqui, é um time que terminou em terceiro no ano passado, melhorou a estrutura, então tudo me cativou. Resolvi encarar esse desafio e estou otimista que dará certo”, explica Agnaldo.
Mesmo com a chegada repentina, o pacto interno é de união para fazer o Paranoá alcançar o status de referência no Distrito Federal e depois na esfera nacional em um futuro próximo. Por isso, a pretensão é chegar na final e ter um calendário, ainda mais por ter estado tão perto de conquistar isso em 2023.
“Esse é nosso objetivo. Ter começado tarde o nosso trabalho dificulta um pouco o processo, mas estamos formando um grupo forte para trabalhar nesse período, porque são 9 jogos e 9 decisões para chegar na classificação. Nossa meta é estar entre os quatro primeiros, então vamos brigar muito para dar essa alegria aos diretores, nossos jogadores, famílias e o torcedor. Vamos trabalhar dessa forma, respeitando todos os adversários, mas acreditando que temos condições de chegar a classificação e ir um pouco mais longe do que no ano passado”, planeja o técnico.
A montagem do elenco passou por três situações distintas. Primeiro era a manutenção de alguns atletas, depois a contratação de novos nomes e por fim a recuperação de outros que estavam no departamento médico. De acordo com o treinador, a fase é de ajustes finais para dar cara ao time antes de entrar em campo.
Um dos que deve fazer parte do grupo titular e ser um dos destaque é Douglas Rato, presente na campanha do ano passado. Experiente do futebol candango, o lateral direito confia que o fim de campeonato do time tem tudo para superar o do ano anterior.
“A expectativa é a melhor. Eu creio que todo mundo que entra em uma competição entra pra ser campeão. Com muito esforço e pés no chão, a diretoria vem fazendo um bom trabalho, os jogadores têm se dedicado ao máximo pra poder não deixar cair o ritmo do ano passado, mas para esse ano a gente quer chegar mais longe. Em comparação ao ano passado, o Paraná já está pronto. Fizemos uma boa pré-temporada e estamos nos dedicando ao máximo, se Deus quiser a gente vai chegar na final”, torce o jogador.
A estreia e o primeiro passo será com parada dura pela frente. No domingo (14/1), a equipe de Agnaldo Liz encara o Capital, de Paulinho Kobayashi, às 15h30, no Defelê. A partida cercada de expectativa por reunir dois dos destaques candangos na competição vale muito para o vestiário do Paranoá, que trata a partida como uma das decisões do ano.
“Essa abertura é o ponto-chave do campeonato. É importante começar bem, vencendo, para largar com o pé direito e fazer uma excelente campanha, colocando o time entre os primeiros. O DF precisa de um time reconhecido e vários merecem isso, inclusive o Paranoá, que é um forte candidato“, opina Roger Henrique, em ação pela primeira vez no DF.
Se o planejamento de 2024 der certo, com presença na final do estadual, o caminho para o ano seguinte é seguir na crescente para colocar o Paranoá no páreo por títulos. Para Agnaldo, a estrutura por trás do time já demonstra que o clube está pronto para alcançar esse status.
“Gostei da conversa que tivemos com os dirigentes, dá para ver que o que é preciso está ali. Os times do DF precisam pensar nisso, na estrutura física, com condições de base, centro de treinamento, sem pensar só em elenco, é isso que está faltando para os clubes crescerem mais, pegar Série D e ir subindo. Se tiver esse pensamento e colocar em prática, creio que podemos subir, como já se teve no passado, e poder chegar no cenário nacional”, termina.
Melhor campanha: Terceiro colocado (2005 e 2023)
Técnico: Agnaldo Liz
Time base: não divulgado
Destaque: Douglas Rato
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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