O sonho se tornou real. Agora, o foco é sonhar ainda mais alto. O lema clássico do Real Brasília, que embalou a conquista inédita do Candangão 2023, segue a todo vapor para repetir a dose na nova edição do regional. Mantendo a base vencedora do ano passado e somando novos reforços, o Leão quer o bicampeonato para coroar o projeto e começar com o pé direito a primeira temporada com o calendário cheio, disputando também Série D, Copa do Brasil e Copa Verde.
O primeiro passo será contra o Ceilândia, no sábado (13/1), às 15h30, no Defelê. O adversário é primeira parada dura pela frente, sendo o representante do DF que foi mais longe na Série D em 2023, mas serve também para ser uma prova de fogo ao Real na abertura da temporada.
“O Candangão vem com a responsabilidade maior por ser o atual campeão. Acho que a gente carrega essa responsabilidade, manter o clube no topo, se tornar uma referência em Brasília. Esse é um dos nossos objetivos, manter a campanha e chegar a final novamente, ser campeão é uma questão da decisão. O regional é o que nos dá a possibilidade de sonhar mais alto, nos dá um calendário melhor. Quanto mais vezes a gente conseguir se colocar em competições nacionais, em breve vai acontecer um acesso”, diz Ariel Mamede, novo técnico do Leão.
O comandante chega para a segunda passagem no clube e reforça a mudança de patamar em comparação ao que via em 2020. O maior destaque, na visão dele, é a criação de uma identidade e uma filosofia clara dentro do Real Brasília, muito em razão do aproveitamento de jovens fruto da categoria de base. A garotada, inclusive, é uma parte importante do elenco, mesclando remanescentes e reforços.
Um dos que continuam do ano passado é o goleiro Wendell, defensor de três pênaltis na decisão e um dos heróis da conquista inédita do Candangão. Referência debaixo da baliza, o arqueiro reitera as boas expectativas para a temporada, mas alerta para os novos desafios que virão pela frente.
“Estamos empolgados e motivados. Vencemos um título importante, mas precisamos subir de nível. Isso vale não apenas para o Candangão, mas principalmente para a Série D e as copas. Estamos determinados a buscar esse bicampeonato para dar sequência e chegar mais preparados para as outras competições, mas o campeonato do DF está cada vez mais disputado. Acredito que esse vai ser um dos mais difíceis dos últimos anos”, orienta o paredão.
Do outro lado, um dos novos nomes é o artilheiro Michel Douglas, recém-chegado do Santa Cruz. O atacante deixou o dele nos amistosos de pré-temporada e quer fazer mais no Candangão para ir bem na primeira experiência pelo futebol brasiliense. Além disso, o camisa 9 traça os objetivos para a sequência do ano.
“Tenho o meu foco pessoal, ajudar fazendo gols, mas lógico que os objetivos do grupo vem primeiro e queremos brigar pelo título no regional, é a vontade de todos aqui. A responsabilidade se mantém na Copa do Brasil, que é um campeonato diferente e queremos chegar bem para tentar passar de fase. O mesmo vale para a Copa Verde, ir aos poucos e ver se depois podemos brigar”, planeja.
Apesar das passagens por clubes tradicionais, como Santa Cruz e CSA, Michel Douglas rasgou elogios a estrutura do Real Brasília. Esse lado dos bastidores é um diferencial que faz parte do projeto do Leão para se tornar uma referência no DF e, depois, tentar assumir o mesmo papel nacionalmente.
“Foi algo que me surpreendeu bastante, são coisas que times de Série B e C às vezes não tem. É parte de um projeto que mostra que merece subir de patamar. Depende só da gente, de aproveitar isso aqui e no final poder estar comemorando esse acesso. O clube está querendo, todos aqui compartilham esse pensamento, então vamos fazer de tudo para ter esse sucesso”, elogia o atacante.
Além de Michel Douglas, o clube fez outras oito contratações para encorpar o elenco em 2024. Ainda assim, o Real segue monitorando o mercado em busca de oportunidades para fortalecer o grupo, que tem na juventude um diferencial, principalmente com os titulares Matheus Obina, Caio Mendes e Gabriel Lima.
“Eu gosto muito do nosso plantel, principalmente do perfil dos jovens. Os jogadores que nós contratamos foram bem pontuais dentro do que queríamos, mantivemos outros importantes, que se identificam com o clube, isso para mim é muito importante. Ainda falta uma característica ou outra, mas o nosso critério tem sido tentar ser o mais efetivo possível e também formar na base”, explica Ariel Mamede.
Representando o DF no nacional
Sem um representante na Série C há mais de uma década, o Real Brasília desponta como uma esperança da capital para mudar esse cenário. Ir bem na quarta divisão é o grande objetivo do ano, que transcende apenas o Leão, mas é também para elevar o atual estado do futebol candango.
“A Série D é nosso grande sonho e ambição. Montamos um time competitivo para tentar brigar pelo acesso. Sabemos que temos que ser melhores que no ano passado para o Real continuar a crescer e levar o DF junto. Aqui é um grande potencial para o mercado nacional, estive como jogador numa época boa, mas por N fatores isso mudou. O futebol pede por profissionalismo e capacitação, outros times fazem isso e é o segredo para melhorarmos tudo”, explica Ariel Mamede.
“O Distrito Federal merece ter times na Série C, Série B. Isso ia melhorar o campeonato, trazer mais visibilidade, além de alegria para o povo daqui”, acrescenta Wendell.
Melhor campanha: campeão (2023)
Técnico: Ariel Mamede
Time base: Wendell; Caio Mendes, Davy, Regino e Gabriel Lima; Tassio, Matheus Obina e Tales; Uederson, Michel Douglas e Marquinhos
Destaque: Michel Douglas
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br