O Ceilândia terá a missão de chegar ao primeiro título local desde 2012. Duas vezes campeão candango, o Gato Preto apostará, em 2024, em uma equipe muito semelhante ao plantel eliminado nas oitavas de final da última Série D do Campeonato Brasileiro. As grandes apostas serão as manutenções de nomes como o atacante Romarinho, os zagueiros Badhuga e Euller e o retorno do homem de beirada Felipe Clemente. Este passou o segundo semestre emprestado ao Ceilandense.
Artilheiro da equipe na Série D e um dos grandes nomes do elenco, Romarinho acredita que, apesar do pouco investimento, a busca por novas peças e a sólida campanha mostrada no campeonato nacional serão diferenciais fortes na corrida pelo título.
“O Candangão é cada vez mais difícil. Mantivemos a base, mas é um time que por detalhes não esteve na prateleira de cima da Série D. Então, é uma base forte. Estamos trabalhando bem. Fora que, com a mesma base, o grupo se torna mais fechado, mais entrosado e isso ajuda muito. Todos corremos um pelo outro”, relata.
Badhuga, campeão candango pelo Brasiliense e muito rodado no futebol candango, se diz satisfeito por fazer parte de um grupo “seleto”, como o mesmo coloca. “É muito gratificante estar aqui, mais uma vez, em uma das grandes equipes da cidade. Nós estamos nos preparando bem e trabalhando muito forte, pois a estreia vai ser um jogo difícil, contra o atual campeão (Real Brasília). Mas é um jogo de cada vez. É um privilégio estar nessa equipe, com esses jogadores”, aponta.
O grande trunfo, todavia, virá de um velho conhecido da torcida alvinegra: o treinador Adelson de Almeida. Profissional com três passagens pelo Ceilândia e mais de 300 jogos como o dono da prancheta, ele usará como motivação o elenco ter sido responsável por uma expressiva campanha na Série D, sobretudo na fase de grupos.
Segundo o treinador, a estratégia de mudar a equipe de maneira brusca diante de um ano com calendário breve não seria a melhor de todas. Por isso, optou, junto à diretoria, pela manutenção do plantel. “Preferimos fazer dessa forma, principalmente pela qualidade do elenco. Um time muito forte, que mostrou a qualidade que tem durante a Série D. Vou ter pouco trabalho para mexer na equipe”, ressalta.
Em relação a questões referentes à ausência de calendário para as equipes que não alcançam as finais do Candangão, Adelson foi enfático. “Eu acho um desperdício qualquer time com estrutura estar nessa condição. É um desperdício. Por isso, fomos atrás de manter uma boa equipe, justamente por termos essa estrutura, que custa caro. Nenhum time com a estrutura que temos deve ficar barato. Em razão disso, vamos atrás com tudo o que temos de uma vaga para a Série D em 2025”, garante.
Melhor campanha: Campeão (2012 e 2010)
Técnico: Adelson de Almeida
Time base: Henrique Marchesan; Euller, China, Badhuga e Emerson; Allan, Bosco e Matheus Nolasco; Edson Reis, Romarinho e Felipe Clemente
Destaque: Romarinho
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br