O intérprete Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como Quinho, morreu aos 66 anos nesta quarta-feira (3). O profissional foi uma das maiores vozes do carnaval carioca e criou uma forte identificação com o Acadêmicos do Salgueiro ao longo da carreira. Nas redes sociais, o Botafogo, clube do coração do cantor, lamentou a morte e se solidarizou com a família e amigos.
É com profundo pesar que recebemos a triste notícia do falecimento de Melquisedeque Marins Marques, o Quinho do Salgueiro, fervoroso torcedor alvinegro e um dos maiores representantes da cultura do samba carioca.
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— Botafogo F.R. (@Botafogo) January 4, 2024
Quinho teve que se afastar do carnaval, visto que lutava contra um câncer de próstata. Ele estava internado no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, e a causa da morte foi insuficiência respiratória.
No último desfile do Salgueiro, o intérprete foi homenageado pela agremiação e por Emerson Dias, atual dono do microfone da vermelho e branca da zona norte do Rio de Janeiro. A escola batizou seu carro de som como “Quinho do Salgueiro”. O eterno puxador tinha em seu grito de guerra o famoso “Arrepia”, e os cacos “Pimba, Pimba” e “Ai que lindo”.
Carreira e sambas históricos
O intérprete iniciou a carreira na União da Ilha, quando entoou na avenida o samba do clássico enredo “Festa Profana”, em 1989. No entanto, foi em 1993, que Quinho teve seu ápice na avenida ao cantar o clássico samba do enredo “Peguei um Ita no Norte”, do Salgueiro. Assim, o refrão “Explode coração na maior felicidade, é lindo o meu Salgueiro contagiando e sacudindo esta cidade” conquistou o Brasil, com uma catarse na Sapucaí.
O intérprete também defendeu o carro de som de Acadêmicos do Grande Rio, Acadêmicos de Santa Cruz, Império da Tijuca. Além das paulistanas Unidos de Vila Maria, Rosas de Ouro e Unidos do Peruche, entre outras. Na Academia do Samba, criou um forte laço e conquistou outro título, em 2009, ao defender o samba com o enredo sobre o ‘Tambor”. Ao todo, foram quatro passagens pela agremiação. De 1991 a 1993; de 1995 a 1999; de 2003 a 2014; e, por fim, de 2019 em diante (ao lado de Emerson Dias)
Postagem oficial do Botafogo
“É com profundo pesar que recebemos a triste notícia do falecimento de Melquisedeque Marins Marques, o Quinho do Salgueiro, fervoroso torcedor alvinegro e um dos maiores representantes da cultura do samba carioca. Neste momento de luto, o Botafogo se solidariza com a família, amigos e admiradores de Quinho do Salgueiro. Sua partida deixa uma lacuna irreparável no mundo do carnaval, mas sua arte e legado serão eternamente celebrados.”
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