A Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem denunciou o atacante Gabigol nesta quinta-feira (21), por tentativa de fraudar um exame de controle de doping. O episódio teria acontecido no dia 8 de outubro, no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo. As informações são do site “ge”.
Gabigol teria dificultado a realização do exame desde a chegada dos oficiais responsáveis pela coleta. Aliás, o atacante foi o único que realizou o teste depois do treinamento. Os demais atletas fizeram o exame antes das atividades no Ninho do Urubu. Contudo, esta foi uma atitude do próprio jogador, que teria se irritado por estar sempre na lista de atletas a realizar as provas médicas.
Com a denúncia, o camisa 10 do Rubro-Negro vai a julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem. O atacante caiu no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere a “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”. O código prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.
De acordo com relatos, Gabigol prejudicou o trabalho dos oficiais de diversas maneiras. Além de atrasá-los, ele não seguiu os procedimentos corretos.
Flamengo sai em defesa de Gabigol
O clube carioca já se manifestou. De antemão, disse que a Justiça não o autuou. Em seguida, no entanto, assegurou que vai defender seu atleta na Justiça.
“O Flamengo ainda não foi intimado do oferecimento da denúncia esportiva feita pela Procuradoria e, tão logo seja intimado, atuará na defesa do atleta. Não obstante, pode adiantar que não houve qualquer conduta intencional ou tentativa do atleta para afetar ou impossibilitar o controle de dopagem. O Flamengo confia na justiça desportiva e entende que os fatos narrados não configuram uma falta típica, sendo não mais que um mal entendido”, diz a nota do clube.
A denúncia exige que Gabigol seja intimado a prestar depoimento pessoal sob pena de confissão. Além disso, Márcio Tannure (chefe do departamento médico do Flamengo), Leandro Martins (enfermeiro do clube) e o capitão Everton Ribeiro também são obrigados a prestar depoimento.
Aliás, João Guilherme Guimarães Gonçalves, procurador da Justiça Desportiva Antidopagem, assina a denúncia. No texto, ele relata possíveis infrações cometidas pelo jogador:
“A própria tentativa de esconder a sua genitália no momento da coleta de urina configura uma tentativa de fraudar uma fase do exame”, reporta.
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