O Mubadala, fundo de investimentos dos Emirados Árabes e principal interessado em patrocinar a Libra, reformulou sua oferta. A nova proposta já está nas mãos dos presidentes dos clubes que fazem parte do grupo. Os destaques deste plano mais recentes são uma garantia de R$ 1,4 bilhão em receitas, além da criação de uma agência para vender os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. A Globo, há dois meses, chegou a realizar outra proposta.
Neste segundo cenário, a companhia seria instituída, então, com 50% dos direitos para os clubes que são membros da Libra e outros 50% para o Mubadala. A ideia é que a agência tenha o monopólio para comercializar os direitos de transmissão por 25 anos, entre 2025 e 2049. Por outro lado, o fundo de investimentos garante, pelo menos, uma receita de R$ 1,4 bilhão a cada temporada. Isso se a liga brasileira tiver, pelo menos, nove participantes em sua elite.
Essa quantia mínima altera, portanto, de acordo com o número de times que disputarem a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. Caso a liga conte com 10 membros na Série A, o valor mínimo que o fundo assegura é R$ 1,5 bilhão
Confira a proporção de receita mínima
7 integrantes -> R$ 1,15 bilhão
8 participantes -> R$ 1,3 bilhão
9 membros -> R$ 1,4 bilhão
10 integrantes -> R$ 1,5 bilhão
11 participantes -> R$ 1,6 bilhão
12 membros -> R$ 1,7 bilhão
13 integrantes -> R$ 1,75 bilhão
14 participantes -> R$ 1,8 bilhão
15 membros -> R$ 1,85 bilhão
16 integrantes -> R$ 1,9 bilhão
17 participantes -> R$ 1,95 bilhão
18 membros -> R$ 2,0 bilhão
O piso é uma forma de segurança aos clubes integrantes da Libra na hipótese em que a agência consiga vender os direitos de transmissão por R$ 1,3 bilhão por ano no primeiro triênio (2025 a 2027). Dessa forma, se a liga tiver, pelo menos, nove participantes na Série A, o Mubadala teria que investir R$ 100 milhões para completar os R$ 1,4 bilhão e não prejudicar os membros.
Na mesma oferta, o fundo de investimentos sugere permanecer com 5% dos direitos de transmissão a partir do segundo triênio. Assim, os clubes integrantes receberiam toda a quantia no primeiro triênio. Em seguida, desde o quarto ano a porcentagem do fundo começará a ser retirada desse valor.
Há a possibilidade de a Libra vender a agência futuramente?
Em um primeiro momento, a companhia será criada em uma sociedade de 50% para os clubes membros da liga e outros 50% para o fundo de investimentos. No entanto, o Mubadala deixou em aberto a opção de as diretorias comercializarem suas porcentagens da empresa. Com isso, conseguiriam dinheiro mais rápido.
Os dirigentes têm a possibilidade de comercializar até 45% de suas ações ao fundo. Assim, os clubes integrantes ficariam com 5% e o Mubadala com 95%. Se isso ocorrer e o fundo se tornar majoritário dos direitos, teria liberdade para fazer escolhas a respeito dos direitos comercias sem consultar os participantes da liga.
O Mubadala acena por desembolsar até R$ 552 milhões para adquirir os 45% que seriam de posse do clube. Cada um deles possui uma quantia pré-definida. Veja, então, abaixo:
Flamengo -> R$ 94.995.411
Corinthians -> R$ 75.939.420
Palmeiras -> R$ 63.072.807
São Paulo -> R$ 63.072.807
Atlético -> R$ 41.923.913
Grêmio -> R$ 41.923.913
Santos -> R$ 41.923.913
Bahia -> R$ 29.532.609
Vitória -> R$ 25.402.174
RB Bragantino -> R$ 16.810.870
Ponte Preta -> R$ 14.355.556
Guarani -> R$ 14.355.556
Paysandu -> R$ 4.750.000
ABC -> R$ 4.750.000
Sampaio Côrrea -> R$ 4.750.000
Ituano -> R$ 4.750.000
Mirassol -> R$ 4.750.000
Novorizontino -> R$ 4.750.000
Total -> R$ 551.808.947
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