O encontro entre os técnicos Fernando Diniz e Pep Guardiola pode acontecer no Mundial de Clubes de 2023. Conhecido pelo estilo de jogo de posse de bola e ofensivo, o treinador brasileiro levou o Fluminense ao inédito título da Libertadores nesta temporada e, agora, tem a missão de tentar chegar à final. A estreia tricolor será nesta segunda-feira (18), às 15h (de Brasília), contra o Al Ahly, do Egito, no Estádio King Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita. Diniz apontou as semelhanças com o jeito de jogar do time inglês.
Diniz minimiza desgaste e vê Fluminense preparado no Mundial
“Tem algumas coisas que aproximam o jeito de jogar. O principal é a vontade de jogar com a bola e, se possível, promover um jogo bonito. Mas não tem nada de ser uma cópia, muito pelo contrário. O caminho de fazer esse processo é de cada um. O Manchester City tem uma maneira muito clara de jogar. Sabemos que, na média, nos últimos cinco anos é o melhor time. Mas a maneira de fazer com que o jogo aconteça tem diferenças importantes”, disse.
Atual campeão europeu, o Manchester City desembarcou na Arábia Saudita na manhã deste domingo (17). O clube inglês vive um momento instável e não venceu o último jogo antes da viagem para o Mundial de Clubes. Além disso, existe a dúvida sobre a condição física do atacante norueguês Erling Haaland, que desfalcou nas últimas três partidas por conta de um estresse ósseo no pé.
Diferença de poder econômico
O Fluminense tenta encerrar um incômodo jejum no Mundial de Clubes. O último sul-americano a conquistar o título da competição foi o Corinthians em 2012. Desde então, em cinco ocasiões o representante da América do Sul caiu na semifinal. O técnico Fernando Diniz justificou a diferença de poder econômico entre os continentes como determinante para o período de domínio dos europeus.
“Os times sul-americanos não ganharem desde 2012 passa pelo poder financeiro. Eles (europeus) levam os melhores para o continente. Isso acontece por muito tempo e acaba gerando um desnível. O que explica é o desnível financeiro. Não acredito que seja porque evoluiu demais. Quando você faz isso por 20 ou 30 anos, os países acabam evoluindo por estarem jogando com os melhores e contra os melhores”, disse.
Desde o título do Corinthians em 2012, foram dez conquistas consecutivas dos europeus no Mundial de Clubes. Grêmio, Flamengo e Palmeiras foram os brasileiros que conseguiram chegar na final desde o feito do time paulista, mas bateram na trave. Os dois últimos, inclusive, foram derrotados pelos ingleses Liverpool e Chelsea, respectivamente, rivais do Manchester City.
“Não devemos nos submeter ao que está acima de nós e isso te estimula a sonhar. É um estímulo tentar fazer o melhor. Sabemos da diferença que tem e da qualidade dos adversários. Temos que buscar sempre ampliar nossos limites. As coisas mais subjetivas que o dinheiro não consegue mensurar, como fé, trabalho, generosidade, humildade e solidariedade, temos que ter em alta conta para termos sucesso. Minha vida no futebol é meio para desenvolver esses valores”, finalizou.
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