O futuro do atacante Gabigol segue uma incógnita. E o jogador do Flamengo falou sobre o tema nesta segunda-feira. Afinal, em entrevista ao “Podpah”, o camisa 10 rubro-negro projetou a temporada de 2024, que pode ser sua última no clube da Gávea, segundo o próprio atleta.
“Tenho mais um ano de contrato, no meio de 2024 estou livre. Eu lido muito com a realidade. Agradeço o carinho, é muito f*, estou em São Paulo três, quatro dias, meu telefone não para. Vou aos restaurantes, a torcida do Corinthians vem falar comigo, pessoas que torcem, é muito f*. Teve conversa da renovação, não foi assinada, mas lido com a realidade. Tenho mais um ano de contrato, querendo ou não pode ser meu ultimo ano com a camisa do Flamengo, quero que seja especial”, disse Gabigol.
O nome do Corinthians apareceu na conversa pelo fato do atacante estar na mira do Timão. O presidente Augusto Melo, recém-eleito, afirmou que gostaria de contar com Gabigol. Além disso, o clube paulista estaria disposto a oferecer o volante Fausto Vera ao Flamengo em troca do jogador.
Flamengo e Gabigol, porém, têm uma negociação para renovar o vínculo. O jogador tem contrato somente até o fim de 2024, mas as partes estão perto de um acordo para prorrogar os dias do camisa 10 no Rubro-Negro até o fim de 2028.
“Futebol é muito louco, não quer dizer que eu vá ou não (para o Corinthians). Como vou saber o dia de amanhã? Não sei. A realidade é que tenho mais um ano de contrato e não sei o que vai acontecer”, citou o atacante.
Relação com Tite
Outro tema abordado durante a entrevista foi a relação do jogador com o técnico Tite. Os dois se conhecem dos tempos de Seleção Brasileira, onde Gabigol fez parte do ciclo para a Copa do Mundo de 2022, mas acabou ficando de fora do torneio. Dessa forma, o atacante chegou a provocar o treinador por não ter ido ao Qatar.
Atualmente, contudo, Tite comanda o Flamengo, e Gabigol garantiu que os dois têm boa relação. Apesar disso, porém, o atacante rubro-negro mostrou incômodo por ter sido reserva na reta final do ano.
“Troquei ideia com ele, há respeito em ambos, vida que segue. Acho que agora ele tem um estilo de jogo, levou o Pedro à Copa, acho que naturalmente o Pedro é preferência dele. É um estilo mais propício ao Pedro. O que tenho que fazer? Trabalhar, mostra que sou útil e ter mais tempo de jogo. No final de temporada tive pouco, sempre entrei 15, 10 minutos. ‘Professor, me coloca aí (risos)’. Praticamente todos os jogadores saíram jogando com ele, e eu não, tá ligado? Claro que eu fico p*, quero jogar. Não estou suave, falei isso para ele. Óbvio que não estou feliz, quero jogar. Fui para a Inter, Benfica, e saí porque não estava jogando. Não é pensamento individualista, todos já foram titulares com ele, eu ainda não fui. Sei que não tenho que ficar aqui falando, é mostrar meu máximo, quando ele precisar vou estar lá”, frisou.
Temporada abaixo e lesão
Desde que chegou ao Flamengo, em 2019, Gabigol viveu em 2023 sua pior temporada. Apesar dos 20 gols marcados em 58 jogos, o camisa 10 não rendeu o espero. Segundo ele, contudo, uma lesão tem o incomodado desde a disputa do Mundial de Clubes, em fevereiro.
“Esse ano aconteceu de jogar praticamente o ano todo machucado. Machuquei meu adutor no segundo jogo do Mundial. Recuperei, mas estava em sequências de finais, era importante estar no campo, e eu não quero largar o osso. Sei que faz mal para mim, tinha que ter parado. Em fevereiro eu parei, mas o Flamengo jogou Recopa, Brasileiro, foi, foi, foi… Tratei nas paradas da Data-Fifa, mas não consegui estar 100%. Tinha que ter parado em algum momento ali. É tudo em consenso com médico, treinador na época, que era o Vitor Pereira, depois Sampaoli, Tite… É por desgaste, há cinco anos sou o que mais joga. Isso desgasta e meu corpo pediu: ‘Calma aí um pouquinho'”, afirmou.
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