São Paulo — De voz firme e quase sempre irritado, o técnico Abel Ferreira ficou com a voz embargada, fez pausa, chorou e controlou as lágrimas ao receber o prêmio de melhor técnico nesta quinta-feira no evento realizado pela ESPN na capital paulista.
Questionado insistentemente sobre a permanência no Palmeiras, o português falou longamente sobre o momento em que precisa decidir entre um ano sabático ao lado da família, a oferta tentadora do Al-Sadd do Catar ou a permanência no clube em que acumula nove troféus.
"Olha, a única coisa que posso dizer é que vou decidir com o coração e com a cabeça. O futebol tem um impacto muito negativo na nossa formação quanto homens e mulheres, que é por sermos muito egoístas e egocentristas. E por isso que é muito difícil gerir ego no futebol", discursou no palco do evento.
Abel continuou: "Tem a ver com a formação. Quando estamos no sub-12, 13, 14, lutamos com um colega para jogar no time. Quando vamos para o profissional é a mesma coisa. Quase somos educados para o egocentrismo, para o eu. Nesses últimos anos fiz as escolhas no eu, no que era melhor para minha carreira. Não o que era melhor para minha família. Chegou a hora de pensar neles", emocionou-se, antes de receber aplausos de pé pela série de conquistas no futebol brasileiro.
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