Entre as diversas características do título brasileiro de 2023 do Palmeiras, uma delas é a presença sul-americana em campo, considerando atletas estrangeiros. Três dos cinco estrangeiros do elenco integraram a configuração de titular no momento crucial de remontada até o 12º título da história alviverde na competição.
O primeiro deles é principal defensor de campo do time. Com quase 300 jogos pelo time, o capitão paraguaio Gustavo Gómez fez 32 jogos no ano e deixou dois gols, ambos na reta invicta do começo do campeonato, a última a cair, ao marcar nas rodadas 5 e 6 contra Grêmio e Bragantino, respectivamente. Na lateral-esquerda, Joaquín Piquerez marcou três vezes em 30 jogos, sendo um dos responsáveis pela retaguarda e pela criação. O uruguaio foi às redes contra Coritiba e São Paulo (duas vezes).
O último deles não era titular de ofício, mas mostrou uma das tendências dos estrangeiros da equipe, prontos para assumir posição. Após a lesão de Gabriel Menino, o colombiano Richard Ríos tomou lugar na dupla de volantes ao lado de Zé Rafael. Foram 36 jogos, sendo o gringo mais presente no torneio. Marcou dois gols: um contra o Fortaleza e outro contra o Cuiabá. Todos os sul-americanos de fora do Brasil que são titulares foram convocadas pelas respectivas seleções neste ano na Data Fifa.
Essa era uma tendência anterior nos demais títulos palmeirenses no século 21, todos conquistados de 2016 para cá. Há sete anos, estavam os argentinos Agustín Allione, Jonathan "El Churry" Cristaldo, o colombiano Yerry Mina e o paraguaio Lucas Barrios. Em 2018, além de Gómez, eram parte do plantel o colombiano Miguel Borja e o venezuelano Alejandro Guerra.
Em 2022, estavam também o colombiano Eduard Atuesta — lesionado durante toda a temporada — e o argentino José Manuel "El Flaco" López, como suplentes. Além deles estavam o uruguaio Miguel Merentiel, posteriormente emprestado ao Boca Juniors e um dos carrascos em campo na semifinal da Libertadores deste ano, e o chileno Benjamín Kuscevic, vendido ao Coritiba. Curiosamente, o lateral uruguaio Matías Viña não teve chance de se sagrar campeão dos pontos corridos, mas venceu a Copa do Brasil, em 2020.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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