O mundo da bola passa a ter um dono inédito. Ao vencer o Fluminense, pelo placar de 4 x 0, nesta sexta-feira (22/12), o Manchester City alcançou o mais alto nível do futebol interclubes com a consagração do primeiro título mundial da própria história.
A partida decisiva no Estádio Rei Abdullah, em Jidá, na Arábia Saudita, contou com a primeira bola na rede com apenas 40 segundos no relógio. Dominante do início ao fim, o City pouco sofreu durante os 90 minutos. O clube das Laranjeiras, apesar de ter assumido o protagonismo em momentos espaçados, acabou superado pela qualidade técnica britânica. Um gol marcado tão precocemente, além disso, teve forte influência no cenário do confronto.
A conquista chega para coroar um ano de 2023 dourado para os Citizens. Também campeões continentais pela primeira vez, contra a tricampeã europeia Internazionale, da Itália, presenteia a torcida azul com um dos principais capítulos dos 143 anos de história.
O título, além disso, reestabelece uma hegemonia internacional já vivida pelo Manchester City desde maio de 2022. De lá para cá, a equipe de Guardiola não foi derrotada quando o assunto é uma competição fora dos limites da Grã-Bretanha. Apenas na Liga dos Campeões, a invencibilidade chega a 19 partidas. A estatística mostra a expressividade da presença tricolor na decisão. Contra um dos grandes times do mundo, ainda assim mostrou estar apto ao duelo.
Agora, o Fluminense voltará ao Brasil para iniciar a preparação para o Campeonato Carioca. O próximo jogo está marcado para o dia 17 de janeiro, contra o Volta Redonda. O City, por outro lado, ainda entra em campo em 2023. No próximo dia 27, visita o Everton, pelo Campeonato Inglês.
O jogo
O confronto na Arábia Saudita começou com um balde de água fria para o Fluminense. Com apenas 40 segundos de jogo, Marcelo errou um passe e deu a bola de presente para Aké, na intermediária. Após finalização do holandês acertar a trave, Julián Álvarez pegou o rebote e abriu o placar, de peito.
A partir daí, o Fluminense tomava a posse da bola e impunha o próprio estilo de jogo na tentativa de voltar à disputa. O City, porém, marcava com pressão no ataque, e um embate entre propostas tomava forma. Ambos os lados lutavam pela bola. Apesar de assumir certo protagonismo, o tricolor não era dono das melhores chances. Aos 27’, André vacilou na marcação, e Rodri encontrou Foden na intermediária. Após a batida, a gorducha acabou desviada por Nino, e matou o goleiro Fábio: 2 x 0 no placar.
O time brasileiro, ainda assim, não deixava de tentar. Após cobrança de escanteio, aos 40’, Arias quase diminuiu. Com energia e persistência, tentava mudar o cenário da partida. A segunda etapa, entretanto, apresentava um City ainda mais dominante.
Com jogadas ensaiadas e chegadas ao ataque pelos dois lados, se mostrava estar mais próximo de um eventual terceiro gol do que de sofrer o primeiro. O Flu até chegava ao último terço do campo, mas não era capaz de finalizar.
O lado azul, ademais, aproveitava mais dos momentos que tinha a bola. Portanto, levava mais perigo. Aos 27’ da segunda etapa, Kovacic encontrou Álvarez livre do lado esquerdo do ataque. Dentro da área, Foden completou o cruzamento do argentino para marcar o terceiro.
Nem mesmo o talismã tricolor John Kennedy, que entrou bem na partida e quase marcou um golaço, foi capaz de mudar o panorama da partida. Aos 43' da segunda etapa, Matheus Nunes achou Álvarez dentro da área tricolor. Calmamente, entre três defensores, limpou e finalizou no canto esquerdo, para dar números finais à partida: 4 x 0.
Ficha técnica:
MUNDIAL DE CLUBES
Final - Jogo único
Fluminense 0 x 4 Manchester City (ING)
Estádio Rei Abdullah, Jidá, Arábia Saudita
Fluminense
Fábio; Samuel Xavier, Felipe Melo, Nino e Marcelo; André, Martinelli e Ganso; Keno, Arias e Cano. Técnico: Fernando Diniz
Manchester City
Ederson; Walker, Stones, R. Dias e Aké; Rodri, Lewis, B. Silva, Foden e Grealish; J. Álvarez. Técnico: Pep Guardiola
Gols: J. Álvarez (2X), Nino (contra) e Foden
Cartões amarelos:
Cartões vermelhos:
Arbitragem: Szymon Marciniak (Polônia)
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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