A disputa nos bastidores está acirrada. Afinal, após a destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), vai tentar ficar com o cargo.
Nesta quinta-feira, segundo o “ge”, Reinaldo ligou para aliados políticos e eleitores para dizer que pretende se candidatar. No entanto, a situação não é simples para o mandatário da FPF por conta das regras do estatuto da CBF.
Atualmente, para concorrer, o candidato precisa do apoio de oito federações estaduais e cinco clubes. É aí que entra a negociação para ganhar aliados, já que do outro lado Ednaldo Rodrigues também trabalha nos bastidores. Em relação aos clubes, o dirigente da FPF tem boa relação com muitos deles, principalmente os de São Paulo, evidentemente.
Ednaldo tinha o apoio de Reinaldo, mas viu o aliado pular do barco quando Rodrigues se juntou a Gustavo Feijó, ex-vice-presidente da CBF. Ele é rival de Carneiro Bastos, o que fez o dirigente decidir pelo embate na disputa do cargo máximo da principal entidade do futebol brasileiro.
Sistema de votos
Por mais que tenha o apoio de muitos clubes, Reinaldo Carneiro Bastos precisa demais das federações estaduais. O colégio eleitoral da CBF é formado pelas 27 federações, além dos 40 clubes das Séries A e B.
O peso dos votos, no entanto, é diferente. Cada federação tem peso 3, enquanto os clubes da Série A têm peso 2 e os clubes da Série B têm peso 1. Isso quer dizer que se todos os 40 clubes votassem em um mesmo candidato, isso resultaria em 60 votos. No caso de todas as federações votarem no mesmo candidato, o resultado seria 81.
Relembre o caso
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) depôs Ednaldo Rodrigues do cargo no dia 7 de dezembro. Em seu lugar, José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), entrou como interveniente. O TJ-RJ determinou que a CBF passasse por novas eleições em 30 dias úteis, em prazo que se iniciou no dia 12 de dezembro.
Em paralelo a isso, Ednaldo Rodrigues entrou na Justiça com um recurso para anular a decisão do TJ-RJ. Enquanto o imbróglio não se resolvido, José Perdiz segue à frente da CBF, mas garantindo interferência mínima.
Fifa e Conmebol se mostraram interessadas no assunto e disseram que nenhuma decisão deve ser tomada até uma visita das duas entidades, prevista para o início de janeiro. No pior dos cenários, a CBF pode ser punida, bem como os clubes e o futebol brasileiro no geral.
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