Manchester City vence Urawa Reds por 3 x 0 e fará final do Mundial contra o Flu

Com amplo domínio durante todos os 90 minutos, equipe inglesa não toma conhecimento dos japoneses e marcará inédita presença na decisão da competição interclubes, assim como o tricolor carioca

O City somou 24 finalizações durante a partida, enquanto o Urawa Reds, apenas uma - (crédito: Giuseppe Cacace / AFP)

Gabriel Botelho*

postado em 19/12/2023 16:52 / atualizado em 19/12/2023 17:02

O Manchester City será o adversário do Fluminense na final do Mundial de Clubes da Fifa. Nesta terça-feira (19/12), o time inglês derrotou o Urawa Reds, do Japão, por 3 x 0, e, assim como o adversário brasileiro, marcará inédita presença na final na primeira participação na competição da própria história.

Na cidade saudita de Jidá, o Manchester City mostrou as credenciais à maioria da torcida de azul presente no estádio Rei Abdullah Sports City. Sem os titulares Haaland, De Bruyne e Doku no time titular, cortados da competição por lesão, coube ao City se virar com as opções disponíveis. E assim o fez. Contra a equipe japonesa, protagonizou amplo domínio durante todos os 90 minutos.

Agora, o time de Guardiola e o de Diniz arquitetarão as preparações para a grande decisão. Na próxima sexta-feira, às 15h, no mesmo estádio, competirão por um título ainda não existente nas respectivas salas de troféus. Um pouco mais cedo, às 11h30, Urawa Reds e Al-Ahly farão a disputa pelo terceiro lugar.

O jogo

O embate na segunda semifinal do Mundial de Clubes da vez aconteceu conforme prometia o roteiro: Manchester City como o dono absoluto das ações, dominante na posse de bola e presença constante no terço de ataque.

Com passes flutuando de um lado para o outro da área japonesa, o City cozinhava o Urawa. O time de vermelho, atento a qualquer oportunidade, jogava por uma bola. Através de atuação inspirada do goleiro Nishikawa, porém, se defendiam bem e frustravam as tentativas britânicas de chegar pelo meio, Os obrigavam, na maioria das vezes, a acionar os lados do campo.

E foi exatamente assim que o caminho se abriu. Após múltiplas tentativas frustradas, Matheus Nunes e Foden contaram com um empurrãozinho a favor. Aos 45’ da primeira etapa, o português completou a tabela com um cruzamento rasteiro na área adversária. Na tentativa de afastar, o zagueiro Höibraaten empurrou contra a própria meta para abrir o placar.

A segunda etapa, no entanto, se apresentou de maneira ainda mais discrepante. Com o gol marcado no final do primeiro tempo, o City dava indício de ter mexido com a estrutura mental dos japoneses. Mais dominantes, infiltraram a defesa adversária com mais facilidade e passavam a somar chances.

Aos 6’, a proposta de Guardiola de atuar sem uma referência no ataque fez efeito. Em jogada de Walker no meio de campo, Kovacic recebeu em velocidade e fez a infiltração nas costas da defesa. Sozinho, bateu na saída do goleiro para ampliar o marcador. Sete minutos depois, foi a vez de Matheus Nunes avançar sozinho. Após batida forte pelo lado esquerdo, Bernardo Silva pegou o rebote ofertado pelo goleiro japonês e acertou o canto para fazer o terceiro.

A partir daí, os ânimos se esfriaram. Já cheio de garotos em campo, a equipe azul de Manchester apenas tratou de realizar a manutenção do placar e evitar quaisquer sustos do adversário diante da própria meta. Classificado, o City fechou a partida com expressivos 762 passes certos (94% de acerto). A posse de bola, além disso, chegou a 74%.  

Ficha técnica:

MUNDIAL DE CLUBES
Semifinal - Jogo único
Manchester City 3 x 0 Urawa Reds (JAP)
Estádio Rei Abdullah, Jidá, Arábia Saudita

Manchester City

Ederson; Walker, John Stones, Akanji e Aké; Rodri, Kovacic, B. Silva, M. Nunes e Grealish; Foden. Técnico: Pep Guardiola

Urawa Reds

Nishikawa; Sekine, Scholz, Holbraten e Akimoto; Ito, Iwao, Yasui, Okubo e Koizumi; Kante. Técnico: Maciej Skorza

Gols: Höibraaten (contra), B. Silva e Kovacic
Cartões amarelos: Akanji e Matheus Nunes (Man. City)
Cartões vermelhos: -
Arbitragem: Mohammed Khled Al Hoish (Arábia Saudita)

 

*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima