Ídolo do Fluminense e presente em três Copas do Mundo com o Brasil, o ex-zagueiro comentou sobre as chances do Tricolor carioca no Mundial de Clubes, em entrevista ao Torcedores.com. Ele enxerga o jogo da semifinal com muitas dificuldades e não acredita em favoritismo da equipe das Laranjeiras.
“Com a provável classificação do Al-Ittihad, será um jogo muito complicado. Antes, não era difícil passar pelos times árabes. Agora, como o investimento que se propuseram a fazer, a coisa mudou de figura. Pelos nomes que tem, de relevância mundial, não precisa de muitas chances para fazer um gol. O treinador também é muito bom (Marcelo Gallardo), apesar de não ter tido experiência fora da Argentina. O Fluminense não é favorito contra eles, nem pensar.”
Chances de título
O capitão do Brasil na Copa do Mundo de 1986 aponta que o Tricolor das Laranjeiras vem concedendo muitas chances ao adversário, apesar do futebol bem jogado. Assim, em projeção a uma possível final contra o Manchester City, Edinho preferiu não fazer qualquer prognóstico e diz que não adianta pensar tão à frente.
“Como é mata-mata, são jogos de pouquíssimos erros. Acho que o Flu tem total condições de ganhar, joga um futebol bonito. No entanto, dá muitas chances para o adversário. Não é normal o goleiro ser o melhor em quase todos os jogos. O Fábio tem feito defesas importantíssimas e difíceis. O Fluminense precisa ceder menos chances. O adversário não pode ter tantas chances de fazer gol como vem acontecendo. Um time que tem Benzema, Kanté, Romarinho e outros bons nomes não precisa de muitas chances para marcar.”
“Chances contra o City? Teria que ser muito otimista. Precisa primeiro, aliás, passar pelos árabes. É necessário ir por etapas nesse tipo de competição.”
Diniz em processo de maturação
Sobre o atual técnico do Fluminense e da Seleção Brasileira, Fernando Diniz, Edinho acredita que o profissional ainda está em processo de maturação, mas que ainda não seria o nome ideal para comandar o Brasil.
“O técnico de uma seleção precisa estar preparado para este cargo tão importante. O Diniz está cada vez mais mostrando que tem condições de dirigir a Seleção Brasileira, mas ainda precisa provar passando por outras situações de dificuldade. Precisa entender os detalhes de todo processo. O processo de maturação é necessário. Se entra em uma sequência de derrotas, como já está acontecendo, um profissional de alto potencial é queimado. Ele nunca vestiu a camisa da seleção como jogador, ele ainda está entendendo o que é aquele ambiente. O Diniz ainda não está no ponto para este cargo de tanta responsabilidade. O próprio presidente eleito não tinha muita experiência para assumir o cargo.”
Atualmente, Edinho é gerente de futebol da Tombense (MG). Por fim, depois de encerrar sua carreira como jogador, atuou por 20 anos como treinador. Comandou equipes como Botafogo, Fluminense, Flamengo, Grêmio e Athletico Paranaense.
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