Basquete

Jogadores de Cerrado e Franca protestam contra o racismo antes do jogo

Antes da bola subir no Ginásio Pedrocão, equipes protestam contra caso de racismo sofrido por Matheus Buiú no meio da semana, contra o Minas

Jogadores do Franca se unem ao Cerrado em apoio a Matheus Buiú, armador alviverde vítima de racismo em partida contra o Minas, na última quarta-feira (6/12) -  (crédito: Marcos Limonti/Franca)
Jogadores do Franca se unem ao Cerrado em apoio a Matheus Buiú, armador alviverde vítima de racismo em partida contra o Minas, na última quarta-feira (6/12) - (crédito: Marcos Limonti/Franca)
postado em 09/12/2023 20:35 / atualizado em 09/12/2023 20:37

Antes que começasse o confronto entre Franca e Cerrado, neste sábado (9/12), pela 13ª rodada do Novo Basquete Brasil 2023/2024, as duas equipes relembraram um ponto importante desta competição: a luta contra o racismo. Instantes anteriores à partida, os jogadores de ambos times protestaram com punho erguido durante a fila para execução do hino da república, relembrando as agressões ao armador Matheus Buiú, da equipe candanga.

O ala-pivô Edu Marília, inclusive, utilizou uma camisa com a frase "não ao racismo", sendo o único sem a regata de jogo durante o protocolo. Na última quarta-feira (6/12), o atleta candango foi injuriado pelo argentino Nicolás Copello, que o chamou de "negro de m*" durante o triunfo alviverde em Belo Horizonte por 68 x 67. Após a partida, Matheus registrou boletim de ocorrência em delegacia da capital mineira.

Além da justiça comum, a apuração do caso também segue via institucional. A Liga Nacional de Basquete (LNB) admitiu o uso de parte do chamado Protocolo Antirracista no caso, apesar do mesmo ainda estar em fase de testes. A entidade informa ter repassado "imagens e documentos oficiais do jogo" ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) durante a semana. O Correio teve acesso exclusivo às imagens que apontam o desenrolar do caso no terreno de jogo nos instantes finais do duelo em questão.

Após a eclosão do ocorrido, outras equipes do NBB prestaram apoio ao camisa 14 cerradista. Fortaleza/Basquete Cearense, União Corinthians e até mesmo o arquirrival Brasília (e sua organizada, a Torcida Uni) fizeram publicações oficiais. O Vasco, além de ter emitido uma nota, entrou na quadra do Ginásio Antônio Prado, em São Paulo, neste sábado (9/12), antes do jogo contra o Paulistano, com uma faixa de "não ao racismo", conduzida por todos os jogadores cruzmaltinos.

Nos quarenta minutos de basquete, o Cerrado entregou um jogo parelho ao atual bicampeão nacional e campeão do mundo. Com competitividade nos minutos finais, a derrota fora de casa por 80 x 77 demonstrou um bom nível apresentado pelos comandados do técnico Régis Marrelli. O time volta a jogar na segunda-feira (11/12), contra o Bauru, na Panela de Pressão.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->