Em meio a tantas complicações, o Cerrado foi autor de um feito heroico na noite desta quarta-feira (6/12), pelo Novo Basquete Brasil (NBB). Os brasilienses bateram nada menos que o líder do campeonato, Minas, pelo placar de 68 x 67, na Arena UniBH, em Belo Horizonte. Isto representa a quarta vitória da equipe no torneio, com o salto ao 13º lugar, enquanto os ponteiros viram a diferença para o vice-líder, Flamengo, diminuir para um jogo.
O começo da semana contou com problemas consideráveis na formação da capital federal, com a saída dos alas estadunidenses Grantham Gillard e William Green III, destaques da equipe. Além disso, também se tornaram oficiais os atrasos nos pagamentos dos direitos de imagem dos atletas, com previsão inicial de regularização para o mês de janeiro de 2024.
Os candangos seguem em viagem na rodada tripla, agora ao interior paulista: a primeira parada é contra o Franca, no próximo sábado (9/12), antes de seguir para jogo contra o Bauru, na segunda-feira (11/12). Já os mineiros voltam a quadra na quinta-feira da próxima semana (14/12), ao visitar o Corinthians, em São Paulo.
1º Quarto: Competição à altura
Foi um período de valentia dos alviverdes. A nova configuração teve distribuição dos pontos em quadra para bater de frente contra um dos rivais mais complicados da liga. A força da equipe caiu no meio da parcial, quando os mineiros chegaram a abrir nove pontos, mas sem contar com uma boa reação alviverde, levando a partida a uma parcial final de 23 x 20 para os locais.
2º Quarto: Cara e coragem
A remontada brasiliense é algo para se aplaudir em meio às atuais circunstâncias. Um minuto e meio durou até a virada no placar geral. Esta ficou mantida por todo o restante do primeiro tempo, incluindo uma sequência de 6 x 0 para os cerradistas em um minuto e meio. O ala Gui Santos fechou os primeiros 20 minutos de jogo como cestinha: 15 pontos. O primeiro tempo fechou em 46 x 36 para os visitantes, em um marcador que parecia improvável na prévia.
3º Quarto: Velho problema
Após dois minutos e meio de placar fechado, os mineiros decidiram mover os números. Isto para um começo de reação na partida durou dois minutos, com o 8 x 2 na parcial, até que Régis Marrelli pedisse um tempo. O jogo ficou travado no marcador, mas indicava um velho problema nos times do DF: a tíbia volta do intervalo. A pausa freou a resposta dos mandantes, que chegaram a diminuir a desvantagem a um ponto, mas fecharam a apenas três unidades atrás, vencendo o quarto por 17 x 10.
4º Quarto: Só vence quem entra em quadra
Por uma vitória expressiva e viável pelo feito do primeiro tempo, o Cerrado foi à luta e entrou a última parte do jogo presente na pontuação. A manutenção na paridade da parcial foi o tópico de destaque para manter a equipe do Distrito Federal viva na partida. Os erros de ataque também mantiveram a situação favorável: o meio período esteve zerado em dois minutos até a segunda bola tripla de Renan Lenz no jogo, forçando um timeout visitante.
Um fim de jogo "lá e cá" deu um improvável contorno dramático ao duelo. Restando quatro minutos — e com marcador em aptado em 66 pontos — o nervosismo mantinha a parcial baixa e os erros se fizeram comuns de lado a lado. Conduzido por Gui Santos (22 pontos), os candangos levaram a uma briga ponto a ponto até o fim. Vencendo por um ponto, um rebote do próprio cestinha após erro de ataque assegurou uma vitória história ao alviverde. Entre tantas complicações, uma alegria aos alviverdes.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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