A Seleção Brasileiro fechou o ano de 2023 com um gosto de esperança na boca. Nesta quarta-feira (6/12), na Arena Fonte Luminosa, na cidade paulista de Araraquara, as mulheres do Brasil superaram a Nicarágua, pelo placar de 4x0.
Na quinta partida de Arthur Elias como o novo comandante do corpo técnico, o Brasil realizou o último compromisso do ano e tratou de dar alegrias ao torcedor presente no local com muitos gols e amplo domínio das ações durante toda a partida.
Sem sustos, a Seleção até chegou a mostrar dificuldade com o novo esquema tático de Arthur Elias, mas aproveitou as chances criadas. Com placar elástico, quatro atletas diferentes foram às redes. O principal destaque ficou com a atacante Marta. A camisa 10 começou uma partida desde o início pela primeira vez nas três partidas desta Data Fifa.
A vitória também serviu para colocar um ponto final a um ano nervoso. Após a eliminação traumática na fase de grupos da Copa do Mundo, em agosto passado, as sensações eram ruins. Com a troca no comando depois da saída da sueca Pia Sundhage, no entanto, o panorama teve melhora.
A quinta partida sob a batuta de Arthur Elias também coloca o retrospecto do treinador, até então equilibrado, no verde. Agora, a Seleção soma três vitórias e duas derrotas em cinco partidas desde a eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo, em agosto passado.
O duelo, assim como as vitórias conquistadas contra Japão e Canadá, poderão ser importantes para trocar a página do calendário com confiança. Afinal, 2024 será um ano Olímpico. A partir de julho, o Brasil partirá em busca da medalha de ouro nos Jogos de Paris-2024.
O jogo
Sob a gritaria dos torcedores verde-amarelos, o Brasil dominava a partida desde o princípio, com posse de bola intensa. Apesar das dificuldades com o esquema 3-4-3, característico de Arthur Elias, a Seleção somava chances de gol.
Aos 15’, Bia Zaneratto encontrou Eudimilla na área. Ao receber da jogadora da Ferroviária, Gabi Nunes precisou tentar duas vezes, mas conseguiu abrir o placar, com finalização de cavadinha, de frente para o gol. Na base do improviso, a Seleção não dava indícios de organização enquanto marcava presença no ataque. Ainda assim, mesmo que com menos intensidade, insistia no último terço do campo.
Com a bola dominada do lado direito, Julia Bianchi encontrou Bia Zaneratto na área. Após dividida entre a jogadora do Palmeiras e a goleira adversária em tentativa de cabeceio, a bola sobrou para Marta. A camisa 10 precisou apenas girar o corpo e bater no gol vazio para ampliar o placar, 2x0.
O panorama não se alterou durante o segundo tempo. Com chegadas mais frequentes pela faixa central do campo, através das entradas de Geyse, Priscila e Adriana, o Brasil passou a usufruir da velocidade ofensiva e atacava com mais vigor. Foi numa batida de fora da área, no entanto, que veio o terceiro gol. Após bola sobrada na intermediária, resultante de corte mal feito da defesa nicaraguense, Luana dominou e bateu forte no canto esquerdo de Lorena Gutiérrez para fazer mais um.
Cinco minutos depois, aos 22’, Tamires partiu em velocidade pela esquerda e cruzou na área. Em mais um corte mal sucedido da defesa, Aline Milene aproveitou o gol vazio e decretou a goleada em Araraquara. Com o quatro a zero no placar, a Seleção até teve mais chances de fazer o quinto, mas foi mesmo a meio-campista do São Paulo a dar números finais ao jogo.
*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz
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