A Justiça de São Paulo não aceitou o pedido de Willian Bigode, do Athletico-PR, para desbloquear 30% do seu salário. Parte dos vencimentos do jogador estão penhorados por causa da dívida do atleta com o lateral Mayke, do Palmeiras.
De acordo com o juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível, os pedidos do atacante já foram “exaustivamente apreciados” nas etapas anteriores do processo. Aliás, o magistrado ameaçou aplicar multa por má-fé.
“Advirto os réus que a reiteração de argumentos já apreciados e rejeitados nesta instância será interpretada como resistência injustificada ao andamento do processo, e implicará a aplicação das penas da litigância de má-fé”, disse o juiz.
O lateral Mayke pediu bloqueio de 30% do salário de Bigode, algo que foi deferido por causa do alto investimento em uma empresa de criptomoedas. Gustavo Scarpa, que alega ter caído no mesmo golpe, teve mesmo pedido negado. O salário de Willian hoje é cerca de R$ 520 mil dividido entre Fluminense e Athletico.
Tanto Scarpa quanto Mayke moveram processo na Justiça com o intuito de recuperar seus investimentos, que deveriam ter sido resgatados em 2022. Os jogadores informaram que buscaram sacar os valores, mas não obtiveram êxito.
Em boletim de ocorrência sobre o episódio, Scarpa contou ter feito o aporte de R$ 6,3 milhões, enquanto Mayke investiu R$ 4,083 milhões na empresa Xland Holding Ltda por indicação de Willian. Ambos receberam a promessa de retorno de 3,5% a 5% ao mês. Willian Bigode, que atuou no Palmeiras até 2021, é dono da empresa WLJC Gestão Financeira. Ele permanece réu no processo que investiga o sumiço do dinheiro investido pelos então colegas de clube.
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