Cobrar renovação depois do sétimo lugar na Copa do Mundo do Catar é fácil, praticamente um mantra. Bancar o rejuvenescimento, sustentá-lo e dar de ombros para a impaciência e a crítica virou o desafio de Fernando Diniz. O Brasil tem a segunda seleção mais jovem desta Data Fifa segundo levantamento do Correio. A formação inicial na derrota de virada por 2 x 1 para a Colômbia na última quinta-feira, em Barranquilla, tinha média de idade de 25,6 anos. Mais ousado do que Diniz somente Marcelo Bielsa. El Loco começou o triunfo por 2 x 0 contra a atual campeã da Copa, Argentina, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires, com 11 titulares na casa dos 25,1 anos.
O Brasil dá uma guinada nas Eliminatórias. Há um ano, a Seleção tinha a quinta maior média de idade na Copa do Mundo do Catar. Com 28,4 anos, o plantel convocado por Tite só ficava atrás da Tunísia (28,4), Argentina e México (28,5) e do Irã (29). A formação de Tite na vitória contra a Sérvia na estreia, no Catar, era quase trintona: 29,2. Na eliminação contra a Croácia nas quartas de final, a média do time principal oscilou para 28,6.
A escalação jovem de Fernando Diniz contra a Colômbia e a Argentina é motivada por desfalques relevantes. O camisa 10 Neymar, o capitão Casemiro e o lateral-direito Danilo, todos acima dos 30 anos, estão lesionados e nem foram convocados por Diniz. Consequentemente, a pressão aumenta sobre jovens como Emerson Royal, Gabriel Magalhães, Renan Lodi, André, Rodrygo, Gabriel Martinelli e Vinicius Junior, cortado ontem depois de se lesionar em Barranquilla. Todos entraram em campo contra a Colômbia abaixo dos 26 anos. O brasiliense Endrick estreou no fogo aos 17 anos. O quarto mais jovem na história atrás de três meninos da Vila: Pelé, o ponta Edu e o centroavante Coutinho.
"Eles sabem que estão aqui por mérito. A expectativa para eles depende da personalidade de cada um. Controle de expectativa é você viver o seu presente, não ficar superpressionado. Procurar saber que estão aqui por mérito e agir com naturalidade. Não é para fazer nada diferente do que fazem nos clubes. Se eles conseguirem jogar com naturalidade, cresce a chance da performance positiva", prega Diniz.
Substituto de Vinicius Junior quando o atacante se contundiu no primeiro tempo, o centroavante João Pedro debutou na Seleção principal aos 22 anos. Revelado pelo Fluminense, ele defende o Brighton da Inglaterra.
Mentor da conquista inédita do Fluminense na Libertadores, Fernando Diniz vive na Seleção o inverso da campanha no clube. O time titular do Fluminense na decisão contra o Boca Juniors se tornou o mais velho a conquistar a Glória Eterna com média de idade de 32,2 anos. Sete jogadores estavam acima dos 30 e dois com mais de 40. No último jogo do Brasil, eram sete abaixo dos 26, sem contar a pressão para que um deles emulasse Neymar.
"A gente tem uma geração extremamente talentosa, que surgiu há dois anos. Muitos podem assumir o protagonismo. Mas é importante que a gente não coloque esse peso. Os jogadores têm que se sentir leves e fazer o melhor. São destaques pelo mundo, Raphinha no Barcelona, Rodrygo e Vini Jr. no Real Madrid, Gabriel Martinelli e Jesus no Arsenal. De maneira natural vão assumir o protagonismo. Ninguém tem que se preocupar em assumir o papel do Neymar", pondera Diniz.
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