Os sócios-torcedores do Flamengo contam com prioridade e desconto na compra de ingressos, mas ainda não possuem direito ao voto nas eleições presidenciais. Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, do UOL, Rodolfo Landim explicou os motivos desta medida.
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“O Flamengo está estruturado, mas alguém pode quebrar o clube em três meses. A governança do Flamengo é super presidencialista e os poderes que o presidente tem são enormes. Se eu amanhã quiser contratar o Neymar, lanço uma dívida de R$ 1,25 bilhão e ponto. Por isso sou contra fazer do sócio-torcedor um eleitor. Alguém lançaria uma plataforma de promessas malucas e quebraria o Flamengo. Ficaria mais fácil emplacar um discurso populista. Eu poderia fazer uma graça em 2024, meu último ano de mandato, e deixar um buraco para quem vai ficar no meu lugar”, disse Landim.
Nos últimos meses, muitos torcedores clamaram por uma mudança no estatuto. Inclusive, no jogo entre Flamengo e Bahia, uma torcida organizada estendeu uma faixa pedindo pelo direito ao voto do sócio-torcedor. O protesto aconteceu no Maracanã e gerou repercussão na época.
Eleição no Flamengo
No Flamengo, somente os sócios-proprietários possuem direito ao voto na Gávea. No entanto, esta prática não é vista em outros lugares. Afinal, clubes brasileiros como Botafogo, Fluminense, Grêmio e Santos permitem que sócios-torcedores participem das eleições presidenciais.
O mandato de Rodolfo Landim se encerra em dezembro de 2024. O presidente teve participação nos últimos títulos conquistados, mas vem sendo alvo de xingamentos nos últimos jogos. Afinal, muitos torcedores não concordaram com as decisões da diretoria rubro-negra em 2023.
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