Quando foi inaugurada a versão de 2023 do Campeonato Brasileiro, somente dois dos 20 treinadores haviam erguido o troféu mais importante do país pelo menos uma vez. Campeão com o Flamengo em 2020, Rogério Ceni iniciou a temporada no São Paulo e caminha para encerrá-la no Bahia. Defensor do título, Abel Ferreira é intocável há três anos no Palmeiras. Porém, conforme a evolução da disputa e o aumento da pressão por resultados, a presença dos figurões da elite nacional foi amplificada. Ontem, o time ganhou um reforço com o retorno de Paulo Autuori ao Cruzeiro.
Cinco pranchetas dos clubes do Brasileirão estão entregues a conhecedores do caminho do sucesso, o maior índice nesta temporada. Ou seja, eles representam um quarto dos treinadores empregados na Série A do país. Além de Autuori, mente por trás do último título nacional do Botafogo, há 28 anos, outro pode ser considerado recém-chegado. Bicampeão com o Corinthians em 2011 e 2015, Tite completou um mês de Flamengo na semana passada.
Com exceção de Abel Ferreira, todos foram selecionados aos cargos para resolver problemas. Vitorioso com Grêmio e Palmeiras, em 1996 e 2018, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, herdou o desafio de Eduardo Coudet no Atlético-MG. O time que demorava a engrenar hoje sonha com vaga na fase de grupos da Libertadores. De quebra, o Galo ostenta a melhor campanha do returno do Brasileirão, com 30 pontos ganhos de 45 possíveis, aproveitamento de 66,67.
O arquirrival Cruzeiro está no outro extremo da tabela do returno, com a 18ª colocação devido ao desempenho de 33,33%. Isso se reflete na classificação do campeonato. A Raposa abre a zona de rebaixamento após três derrotas consecutivas, que resultaram na demissão de Zé Ricardo. Diretor-técnico do clube desde agosto, Autuori observava tudo de perto.
O treinador campeão da Libertadores de 1997 é o quarto do Cruzeiro neste ano e tem a missão de livrar a instituição centenária da quarta participação na Série B do Brasileirão em cinco anos. Independentemente do desfecho em 6 de dezembro, Autuori não seguirá no cargo.
"Não quero ser mais treinador no Brasil. Sempre fui um crítico contumaz daquilo que é o futebol brasileiro. Eu sei a minha função, e o que estou fazendo aqui. (Ficar na Série A) está na nossa mão. Vamos esperar os seis jogos para ver se fomos competentes", disse na entrevista coletiva de ontem.
Paulo Autuori oferece outra atualização ao Campeonato Brasileiro. Se antes o torneio era dominado por jovens treinadores, houve recuo em busca da experiência. Dos 20 treinadores, sete têm pelo menos 60 anos. Luiz Felipe Scolari é o mais experiente da turma, com 75. Paulo Autuori (67), o vascaíno Rámon Díaz (64), Tite (62), Mano Menezes, Dorival Júnior e Renato Portaluppi, com 61 cada, completam a lista.
Vai e vem dos campeões
Rogério Ceni (São Paulo)
Abel Ferreira (Palmeiras)
Abel Ferreira (Palmeiras)
Rogério Ceni (Bahia)
Cuca (Corinthians)
Felipão (Atlético-MG)
Vanderlei Luxemburgo (Corinthians)
Rogério Ceni (Bahia)
Abel Ferreira (Palmeiras)
Felipão (Atlético-MG)
Tite (Flamengo)
Paulo Autuori (Cruzeiro)
Abel Ferreira (Palmeiras)
Rogério Ceni (Bahia)
Felipão (Atlético-MG)
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