Brasileirão-2023

Estrangeiros do Vasco batem 35% dos gols no Brasileiro e marcam presença

No embalo da enorme melhora de sua campanha, em comparação à primeira metade do Campeonato Brasileiro, quando só fez 13 pontos, o Vasco se vê cada vez mais dependente dos estrangeiros. Afinal, muito dessa reação na luta para fugir do rebaixamento tem relação direta com o desempenho de jogadores gringos do elenco, decisivos em partidas recentes e que influenciaram diretamente nos 40 pontos que o Gigante da Colina tem na tabela, a cinco rodadas do fim.

Dos 35 gols marcados pelo Cruz-Maltino nesta edição da Série A, aliás, 12 deles foram feitos por gringos (na faixa de 35% do total), com amplo destaque para Pablo Vegetti, que tem nove. Depois de passar perrengue na procura de uma referência na frente, após a venda de Pedro Raul, a diretoria achou no argentino de 34 anos a sua solução para balançar as redes na competição. O primeiro, aliás, saiu justamente em sua estreia, contra o Grêmio, em São Januário, triunfo pelo placar de 1 a 0.

Gols de estrangeiros no Vasco

Vegetti – 9 gols
Payet – 2 gols
Orellano – 1 gol

Além disso, Payet também deixou o dele duas vezes. Em sua chegada ao clube, o francês conviveu com dificuldades para alcançar as condições físicas ideais e foi ganhando maior minutagem com o passar do tempo. Por sinal, parece ter encontrado em São Januário seu palco de melhores exibições. Na Colina Histórica, decretou as vitórias por 1 a 0 e 2 a 1 sobre Fortaleza e América-MG, respectivamente.

Quem completa a lista é Orellano, preparado para a temporada de 2024. Afinal, a joia revelada pelo Vélez Sarsfield-ARG não engrenou no Vasco até o momento e pouco atuou sob o comando do técnico Ramón Díaz. No entanto, conseguiu fazer seu primeiro e único gol vestindo a camisa carioca nos 2 a 0 diante do Cuiabá, fora de casa.

Perfil de Ramón Díaz

Atualmente, o elenco do Gigante da Colina conta com sete atletas estrangeiros em sua formação, a maioria com experiência no futebol internacional. Além da rodagem em outros mercados, a média de idade desse grupo também é alta: próxima à casa dos 30 anos. Perfil e características com as quais  Díaz gosta de trabalhar e sabe usar, justamente por terem maior “casca”.

Medel e Vegetti celebram vitória do Vasco com tradicional pose de pirata, marca do camisa 99 – Foto: Leandro Amorim/Vasco

Desde o início do trabalho, em julho, a nova comissão tem tido o costume de relacionar aos jogos entre cinco e seis gringos. Até porque, em diversas oportunidades, pelo menos um esteve entregue ao departamento médico. Aliás, pelo regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é permitida, no máximo, a inscrição de sete jogadores por equipe no campeonato nacional.

Jogadores estrangeiros do Vasco

  • Puma Rodríguez (lateral-direito)
  • Capasso (zagueiro)
  • Medel (zagueiro)
  • Payet (meia-atacante)
  • Orellano (atacante)
  • Sebastián Ferreira (atacante)
  • Vegetti (atacante)

De todos, aquele que menos tem sido relacionado é o zagueiro Capasso. Porém, não por uma opção técnica de Díaz, e sim, por conta de lesão na região lombar. Contratado no mês de fevereiro, o argentino não entra em campo desde o dia 14 de agosto e, portanto, disputou apenas 13 partidas pelo Gigante da Colina. Pelo grande tempo de inatividade, é provável que volte somente em janeiro, na pré-temporada.

Orellano dúvida na reta final

Por sinal, não é só Capasso que pode continuar a reta final da Série A sem atuar. Depois de marcar seu gol contra o Cuiabá, na Arena Pantanal, há quase duas semanas, Orellano também vive impasse sobre sua situação clínica. O atacante de apenas 23 anos sofreu fratura na mão direita e pode perder os próximos compromissos.

Orellano comemora seu gol pelo Vasco e dedica à torcida presente na Arena Pantanal – Foto: Leandro Amorim/Vasco

Inicialmente, o departamento médico do Vasco cogitou a possibilidade de fazer a correção do problema por meio de procedimento cirúrgico. O que, consequentemente, tiraria qualquer chance de o argentino atuar novamente até dezembro. Entretanto, o próprio camisa 14 optou por adotar o tratamento conservador, por não querer ficar muito tempo fora das partidas.

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