O Cerrado perdeu a segunda partida da bateria local contra times gaúchos no Novo Basquete Brasil (NBB) 2023/2024. Na noite desta quinta-feira (9/11), os candangos perderam para o Caxias do Sul por 83 x 77, na segunda prorrogação, e não chegaram à segunda vitória, na quinta partida disputada no campeonato, no Ginásio da Asceb.
O jogo teve caráter diretamente físico, sendo brigado em todos os períodos e o principal motivo pela paridade no marcador ao longo dos 50 minutos. A partida era um confronto direto, uma vez que ambos times possuíam uma vitória antes da bola subir. A equipe vencedora pode terminar o dia no 11º lugar, em caso de tropeço do Pinheiros contra o Paulistano.
1º Quarto: Jogo de momentos
Em jogo trabalhado nas jogadas ofensivas, a velocidade foi a alternativa encontrada para a resposta ao forte porte físico de ambas equipes, com uma nautral imposição da dificuldade na marcação. Lesionado no último jogo, o ala Grantham Gillard chamou a responsabilidade marcando, sozinho, os primeiros oito pontos dos alviverdes em dois minutos.
A imposição da presença de garrafão foi a tentativa dos gaúchos, na sequência, para buscar parar o ataque rival e pontuar. Notou-se a dupla Rafa e Vinicius Chagas nesta estratégia, ao somar para oito pontos. Apesar da estratégia, a rotação da bola do lado mandante funcionou melhor e a parcial de período fechou em 19 x 19, empatada pela arrancada final dos visitantes.
2º Quarto: Basquete também é esporte de contato
Os contatos se fizeram mais fortes e não sempre marcados em falta pela arbitragem. Isto causou uma queda na linearidade da pontuação, além de turnovers cometidos por roubos e passes errados em ambos lados. Incomodado com a pouca evolução ofensiva, Régis Marrelli parou o jogo mesmo com parcial 6 x 2 para os candangos em quatro minutos jogados.
Os erros de lado a lado seguiram, junto da pontuação esporádica e pontuada, pelo menos nos dois minutos seguintes. Entretanto, a liberdade na marcação dos brasilienses esticou a vantagem a sete pontos, sustentada na rapidez de Matheus Buiú, fez Rodrigo Barbosa pedir tempo. Com estabilidade de dois minutos no marcador após o timeout, o duelo foi ao intervalo em 36 x 29.
3º Quarto: Demora para voltar ao jogo
Os espaços para o ataque estavam cada vez mais fechados apesar das tentativas de ambos lados. Do primeiro ao quarto minuto, apenas dois pontos foram marcados do lado sulista. A ofensiva que havia sido ponto diferenciado dos cerradistas no primeiro tempo demorou quatro minutos e meio para voltar do intervalo. A irritação do técnico Régis Marrelli desapareceu com grande bola tripla de Gillard, no meio-período, reabilitando os locais no jogo. Era o tranco que precisava.
Entretanto, não foi o suficiente para barrar a queda da defesa nos instantes seguintes e, faltando dois minutos e meio, o Cerrado pediu novo tempo técnico. No momento, a diferença que foi de sete pontos, caiu a apenas dois. O acerto defensivo do Caxias incomodava o ataque alviverde, que fechou a parcial com 14 pontos, perdendo no período por diferença de uma unidade pela reação nos instantes finais, onde Gillard voltou a figurar novamente, tendo encerrado a participação com 18 pontos, sendo o cestinha local.
4º Quarto: Paciência é virtude para a vitória
Um começo implacável das defesas arrastou o placar nos primeiros dois minutos em um 2 x 2, pouco agradando os visitantes pela pouca mobilidade do placar. Isto fez o treinador caxiense apressar a equipe e pedir um tempo. O confronto seguia brigado, dessa vez debaixo dos garrafões, onde o pivô Andrezão ficou evidente, com seis pontos no meio período.
Apesar de ser um time de menor estatura, fez diferença para os mandantes a inteligência no trabalho de bola, garantindo justos períodos de pontuação, assegurando o resultado a partir da paciência diante de um adversário com faces similares, apontando a paridade do placar durante boa parte do jogo. Com intensidade, os gaúchos ainda tiveram remontada nos últimos dois minutos, estreitando uma vantagem que, na realidade, fala apenas sobre a reta final de jogo. Entretanto, foi o suficiente para o empate.
1ª Prorrogação: Desespero e resultado a qualquer custo
Os primeiros pontos dos gaúchos no quinto período marcavam uma pressão para os alviverdes e a obrigação de reação para não deixar a vitória escapar pelas mãos. Um show de erros em arremessos indicavam a exaustão e o desespero pela vitória. O tempo extra seguiu arrastado no marcador durante toda a duração.
A torcida local foi diferencial nos lances livres dos visitantes, mantendo a igualdade. Os erros nas posses finais também marcaram a inquietude por um resultado positivo, mais brigado do que qualquer uma das equipes esperava. Após o timeout pedido pelos cerradistas, restando 24 segundos, Davi Rossetto teve a chance de matar o duelo com um game winner, mas parou no aro.
2ª Prorrogação: Uma vitória levada para o Sul
As falhas em bolas triplas e bandejas simples eram completamente compreensíveis. O desgaste imenso se fazia perceber nos braços trêmulos dos dois lados. O primeiro minuto passou com marcador em branco. No segundo minuto, um triplo do armnador Kenny Dawkins abriu duas posses de vantagem para o Gambá. Na posse de bola seguinte, o ex-Cerrado tomou toco. Logo, o ala-pivô Sena matou bola tripla para forçar tempo técnico. O camisa 21 fechou a partida com 22 pontos, sendo o cestinha.
Mesmo o apelo para as rotações não mantiveram a energia suficiente para um jogo condizente com os quatro períodos, com a resiliência sendo marca da histórica vitória gaúcha em Brasília. O Cerrado volta a quadra na segunda-feira (13/11), quando enfrenta o Flamengo no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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