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Conheça Lucas Calegari, o mochileiro do tênis brasileiro

Acriano de 29 anos foi pé-quente na campanha do Brasil nos Jogos Pan-Americanos e espera repetir a dose nos compromissos da Seleção contra a Coreia do Sul pela Billie Jean King Cup

Você se acostumou a ver diversas peregrinações pelo planeta em nome do futebol. As manifestações dos apaixonados pelo esporte mais popular do mundo são recorrentes, mas não exclusivas. Na pequena Porto Acre (AC), de 18 mil habitantes, existe um entusiasta do tênis. Lucas Calegari, de 29 anos, é um daquelas figuras que não medem esforços para acompanhar as principais disputas da pequena bola e apoiar brasileiros. Ele estará em Brasília para os confrontos do Time Brasil contra a Coreia do Sul, pela Billie Jean King Cup, a principal competição de tênis feminino por equipes.

Calegari foi pé-quente nos compromissos do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Ele esteve na capital do Chile enquanto o país fechava a campanha com recorde: 205 medalhas e a segunda colocação geral. O tênis contribuiu ativamente com cinco pódios: três ouros, uma prata e um bronze. Agora, a missão do acriano e da modalidade é conquistar a classificação no torneio entre seleções femininas. Ele vive uma maratona para chegar à capital federal. Saiu do Chile, aterrissou no Rio de Janeiro e fará escala em Belo Horizonte antes de aterrissar no quadradinho.

"Acho bacana a realização de um torneio fora do eixo Rio-SP. O ideal seria que todos os estados pudessem receber competições desse porte. Acho que Brasília vai receber super bem o evento. Torço para que cada vez mais possamos ter outros centros recebendo competições, pois gera crescimento ao esporte", comenta.

Ele acompanhou de perto outras disputas, como três edições do Rio Open e as Olimpíadas na Cidade Maravilhosa, em 2016. A quilometragem poderia ser maior, mas a distância impede acompanhar de perto. "O fato de morar longe acaba atrapalhando nesse aspecto. São muitas coisas envolvidas nessas situações. Nosso país é continental, é complicado, com regiões distintas, situações complicadas", ressalta.

Mas não há distância que atrapalhe essa relação. No entanto, quem vê Calegari engajado em apoiar os tenistas brasileiros não imagina como os laços foram estreitados. "Quando eu era moleque, não gostava, achava chato por não entender as regras. Eu poderia ter aproveitado pelo menos parte da carreira do Guga. Mais ou menos em 2010, passamos a ter TV a cabo e comecei acompanhar mais os torneios. Via um jogo ou outro e compreendia mais as regras. Eu gostava bastante da ideia do Djokovic desafiar Roger Federer e o Rafael Nadal. Hoje, não vejo minha vida sem o tênis", discursa.

Membro do Movimento Verde Amarelo, Calegari conta que seguirá apoiando as jogadoras brasileiras na estrutura montada na Arena BSB. Não poupará voz para incentivar Beatriz "Bia" Haddad Maia (11ª no ranking da WTA), Laura Pigossi (134ª) Carolina Meligeni (282ª), Luisa Stefani (18ª na lista de duplas) e Ingrid Martins (47ª). "Todas são muito boas e têm a cada semana evoluído no circuito e mostrado cada vez mais maturidade, foco e ciência do que podem fazer e conquistar. Claro que cada uma já alcançou umas conquistas. Estão em condição de representar muito bem nossa Seleção. É um time forte", analisa.

Ingressos

Os ingressos são comercializados no site ingressonacional.com.br. Hoje, haverá sorteio dos confrontos. Amanhã, serão disputados dois jogos de simples, em sequência, a partir de 12h30. No sábado, estão marcadas mais duas partidas de simples, às 10h. Em caso de empate, o tira-teima será no confronto de duplas para apontar o classificado para participar do qualificatório em 2024.

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