Fla vai usar uniforme de conscientização sobre violência contra mulher

Rubro-negro e BRB cederam o espaço principal da camisa rubro-negra para o Instituto Nós Por Elas na partida com o Palmeiras; iniciativa é voltada para reforçar a importância da prevenção e erradicação da violência contra mulheres e meninas

Flamengo/Divulgação

A partida desta quarta-feira (8/11) entre Flamengo e Palmeiras, às 21h30, no Maracanã, pode ser decisiva para o campeonato, mas também vai ser palco para uma ação importante que vai além do campo. Em parceria com o BRB, o rubro-negro vai ceder o espaço principal do uniforme para o Instituto Nós Por Elas e literalmente “vestir a camisa” da conscientização sobre a violência contra a mulher.

A iniciativa é voltada para trazer visibilidade a causa e chamar a atenção ao problema que atinge muitas brasileiras. Conforme um levantamento feito pelo Fórum Nacional de Segurança Pública, 1 em cada 4 mulheres (24,4%) acima de 16 anos afirma já ter sofrido algum tipo de violência. Em dia de jogos de futebol, o número de ameaças sobe em 23,7%, enquanto as lesões corporais dolosas aumentam em 20,8%.

Pensando nisso, o BRB cedeu o espaço master na camisa utilizada pelos jogadores e vai ocupar uma área menor entre o escudo do Flamengo e o logo da Adidas. No centro, estará estampado o símbolo do “Nós Por Elas”. A medida também faz referência ao dia 25 de novembro, quando em 1999 a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

"Por isso, a importância de chamarmos a atenção para a necessidade de prevenção de todas as formas de violência contra mulheres e meninas, incentivar campanhas de conscientização e reforçar a segurança das mulheres, também em dias de grandes jogos. Esta ação é uma chamada para que todos os cidadãos reconheçam a gravidade da violência contra as mulheres e se comprometam a trabalhar juntos para criar um mundo mais seguro e igualitário”, reforça Marcela Bocayuva, presidente do Instituto Nós Por Elas.

A parceria ainda visa reforçar a importância de estratégias de prevenção e resposta à violência doméstica. Entre as medidas defendidas estão a garantia de suporte e proteção adequada à vítima e responsabilização dos agressores, independente do contexto em que a violência ocorreu.