O árbitro Braulio da Silva Machado (Fifa-SC), que conduziu a partida entre Botafogo e Palmeiras, relatou que dirigentes alvinegros tentaram o agredir após o apito final. Na súmula, disponibilizada quase três horas depois do término do jogo, o juiz relatou que Vinicius Assumpção, vice-presidente da SAF, André Mazzuco, diretor de futebol, e Pedro Moreira, gerente de futebol, ofenderam à equipe de arbitragem de forma constante.
"Ao descer e adentrar a área mista, fomos abordados por diversas pessoas. Sendo estas diretores, dirigentes da SAF Botafogo e até mesmo seguranças que partiram para cima da equipe de arbitragem, empurrando o policiamento. Além de protestar aos gritos e de forma ofensiva e grosseira as seguintes palavras: ‘Vagabundo, ladrão, sem vergonha, viado, filho da p*, veio aqui para roubar‘ por repetidas vezes. Essa situação perdurou até o final da zona mista. Onde o policiamento conseguiu conter os mesmos e adentramos ao vestiário de arbitragem", diz um trecho do documento.
Textor na bronca
Além disso, o árbitro também cita a presença de pessoas não autorizadas dentro de campo, logo após o apito final. Caso, por exemplo, de John Textor, acionista majoritário do Glorioso. O empresário teceu duras críticas à Confederação Brasileira de Futebol na saída do gramado e afirmou ver um "roubo" no Nilton Santos. Aliás, Braulio relatou que o norte-americano fez gestos afrontosos em direção à arbitragem no gramado.
"No momento em que estávamos dentro do campo de jogo, constatei a presença de pessoas não relacionadas e/ou credenciadas. Elas invadiram o campo de jogo e se aproximaram da equipe de arbitragem. Sendo elas: o atleta Patrick de Paula, que protestou com palavras que não conseguimos identificar devido ao números de pessoas no entorno. E o proprietário da SAF Botafogo, Sr. John Textor, que após conversar com o jogadores de sua equipe e saudar a torcida, se aproxima da equipe de arbitragem aplaudindo de forma irônica, seguido de gestos com referência a dinheiro tocando o polegar ao dedo indicador de uma das mãos repetidas vezes em direção à equipe de arbitragem", relatou.
O juiz ainda descreveu na súmula a também expulsão de Joel Carli, auxiliar técnico de Lucio Flavio na atual comissão do Botafogo. Afinal, segundo o próprio documento, o ex-zagueiro argentino teria feito reclamações acintosas em direção à arbitragem. Além disso, assim como Textor, declarou que o Alvinegro estava sendo roubado, contestando, por sinal, a expulsão de Adryelson após lance com Breno Lopes, no segundo tempo.
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