O Capital teve sua apresentação oficial para a temporada 2024 nesta terça-feira (28/11). Em evento realizado na sala de imprensa do Estádio JK, no Paranoá, o técnico Paulinho Kobayashi cedeu entrevista coletiva sobre as expectativas para o ciclo aberto.
Antes de passar a palavra ao comandante, o diretor de futebol, Gustavo Cartaxo, abriu o evento, além de falar em alguns pontos da coletiva. Para ele, a equipe não se esquivou do mercado local ao ter mantido peças do ciclo anterior.
"Os que foram bem com o Capital são sinal de valor a quem esteve bem na temporada anterior. O treinador tem que trazer atletas que ele tenha confiança, até para minimizar erros. Esse é o nosso intuito desde o começo. Não é uma falta de olhar para o cenário interno. Talvez no ano que vem, com calendário nacional, podemos encontrar atletas da região", estima. Cinco atletas de 30 totais permanecem em relação a 2024.
A palavra do treinador se somou ao projeto do time na formação de uma unidade com promessa a competitividade. "A vinda desses atletas campeões brasileiros com o Paulinho não foi fácil, porque eles estão valorizados no mercado e o Capital não tem um calendário completo", indicou o gestor.
Sete jogadores chegaram ao tricolor candango vindos do clube cearense, ao todo. "Foi uma negociação um pouco mais complicada, mas se tornou mais fácil por causa do professor, foi uma palavra a ele. É uma base de entrosamento. Tem que conhecer os jogadores no dia a dia, depois trabalhando e jogando. Se não for bem, não se adaptar, isso se perde", diz Cartaxo.
Os motivos de vir à Capital
"O projeto do Capital ajudou a eu estar aqui. Muitas pessoas me perguntaram sobre sair depois de um título e vir para cá. Tive a proposta de estender o contrato no Ferroviário, mas o projeto apresentado me chamou a atenção", justificou o técnico do Coruja. No Tubarão, Kobayashi foi semifinalista estadual, além de campeão da Série D do Campeonato Brasileiro.
A comodidade ao vencer no Nordeste e a ambição do Capital pelo distrital levaram à mudança de ares. "Eu gosto de desafios, quando você está em um lugar que vai ter dificuldades pesa um pouquinho para visualizar esse projeto motivador", explica.
Apesar de trazer jogadores do Ferroviário, o treinador diz que a briga pela titularidade está aberta a todo o plantel. "Todos eles trabalharam comigo e os outros que não estavam comigo trabalharam no América-RN, na Portuguesa, no Imperatriz. Então eles sabem que eu trabalho muito com meritocracia, não tenho prioridade. Meu filho tem 23 anos e eu briguei com a minha esposa falando que ele não sabe jogar futebol. Se com ele eu já era assim, imagina com os demais. Não existe prioridade ou cadeira cativa. Eles vão ter que brigar", declara.
Assim, a confiança geral se torna um aspecto para o comandante em sua volta à cidade, desta vez como técnico. "Eu sei a dificuldade de treinar e jogar aqui. Eu senti o que eles vão sentir. O Capital está muito acima para termos de início de temporada. Tive boas conversas iniciais com o presidente e com jogadores que estiveram aqui. Desse elenco, 70%, 80% já trabalhou comigo, então sabem como a gente gosta de trabalhar", justifica.
A eliminação nas semifinais em 2023, para o Brasiliense, esteve na mente do tricolor, ao chamar um nome experiente para alcançar maiores patamares. "Acredito que a experiência é fundamental na hora da decisão, por isso temos alguns atletas assim: que já sabem e conquistaram. O Brasiliense é um time que sempre contratou jogadores experientes. Eu, quando fui jogar lá, tinha 37 anos. Nessa hora você é um pouco mais frio, objetivo. Se sabe a hora certa de correr um pouco mais ou deixar o adversário correr", explica.
O tricolor inicia, portanto, uma preparação de um mês e três semanas para o Candangão 2024. Entre os dias 13 e 14 (com detalhes oficiais a definir), a equipe terá a estreia na competição no clássico local contra o Paranoá, com mando da Sucuri.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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