Futebol

Justiça espanhola volta a negar pedido de liberdade a Daniel Alves

Em mais uma tentativa de pedido nesta segunda-feira (27/11), ex-jogador ouve do Tribunal Provincial de Barcelona que as circunstâncias para considerar a existência do risco de fuga "não se alteraram"

MP espanhol pede nove anos de prisão para Daniel Alves e indenização à vítima de 150 mil euros -  (crédito: Reprodução/Instagram @danialves)
MP espanhol pede nove anos de prisão para Daniel Alves e indenização à vítima de 150 mil euros - (crédito: Reprodução/Instagram @danialves)
postado em 27/11/2023 12:39

O Tribunal Provincial de Barcelona negou, nesta segunda-feira (27/11), um novo pedido de liberdade provisória a Daniel Alves. O lateral responde a uma acusação de agressão sexual e está preso preventivamente na cidade catalã desde janeiro deste ano. O jogador alega que a relação sexual entre ele e a denunciante foi consensual.

Assim como nas outras ocasiões em que a defesa do atleta de 40 anos tentou libertá-lo, a Justiça espanhola justificou a necessidade de mantê-lo na prisão apontando o fato de que ele tem recursos financeiros suficientes para planejar uma fuga do país. "Com base no recurso (de defesa), as circunstâncias tidas em conta para considerar a existência daquele risco (de fuga) não se alteraram", diz o despacho do juiz de instrução responsável pelo caso, conforme publicado nesta segunda-feira (27/11) pelo jornal espanhol La Vanguardia.

O texto também destaca que a proximidade da data do julgamento, previsto para ocorrer entre o final deste ano e o início de 2024, "aumenta o risco de fuga acima mencionado", e acrescenta que apenas "a prisão preventiva pode evitar este risco, sobretudo a um passo do julgamento, tendo o Ministério Público já apresentado acusação".

A denúncia do MP espanhol citada pelo juiz pede nove anos de prisão para Daniel Alves e defende que 150 mil euros de indenização sejam pagos à mulher que acusa o jogador de estuprá-la no banheiro de uma casa noturna de Barcelona. Além disso, o Ministério Público solicita dez anos de liberdade vigiada, após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar da vítima, assim como de se comunicar com ela, pelo mesmo período.

Relembre o caso

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na boate Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã, que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, a Justiça aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro que por muitos anos defendeu a camisa do Barcelona. Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro, após depoimento.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não sendo levado adiante. Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava; depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.

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