Não seria exagero afirmar que o Flamengo enfrentou um América sem qualquer compromisso, o que é mais difícil. E que marcou os gols nos momentos exatos, quando o adversário parecia à vontade para obter, quem sabe, algum resultado positivo. A vitória de 3 a 0, aliás previsível, foi o suficiente para somar três pontos e manter a briga pelo título, fato no qual nenhum ser humano – ou alienígena – acreditava no começo do mês. Pena que a tabela do Palmeiras seja tão fácil, e que pareça difícil calar a bola – e a pena – deste que vos escreve.
Havia muita empolgação no estádio, e a sensação, provocada pelo ambiente, de que o Flamengo faria logo os gols necessários. Mas quem criava as oportunidades efetivas era o América. Jogava sem pressão, tocando a bola, com finalizações ameaçadoras, como o chute de Felipe Azevedo no travessão, aos 10 minutos. O Rubro-Negro parecia afobado, disposto a provar imediatamente o favoritismo, e talvez por isso, errando o último passe. Até que aos 28 minutos, quando o Coelho já gostava do jogo, Ayrton Lucas levantou para Éverton Cebolinha, que cabeceou no canto direito: 1 a 0.
O time carioca ampliou a vigilância no meio e o de Minas diminuiu o ritmo. Mas o placar continuou aberto, pois o Flamengo não conseguia construir uma nova chance. E o adversário, sempre traiçoeiro, como dito, não tinha qualquer responsabilidade com resultado, dado que está rebaixado faz tempo. O Rubro-Negro não aproveitava a vantagem para liquidar de vez o confronto. Ou deixava para fazê-lo no segundo tempo…
Flamengo mata no contra-ataque
Na realidade, o Flamengo voltou recuado, para, quem sabe, matar no contra-ataque, o que ocorreu aos quatro minutos. Arrascaeta deu a Bruno Henrique, que rolou para Pedro enfiou o segundo gol, em conclusão correta de Pedro. O América prosseguiu com a sua estratégia, de muitos toques. Às vezes sem objetivo, em outras efetivo, embora o gás já não fosse o mesmo, e o Rubro-Negro já não oferecesse tantos espaços.
Na prática, o jogo ficou fácil, e o Flamengo poderia até ter ampliado, pois a equipe maneira sentiu que havia feito seu papel, de procurar o melhor, mesmo que não conseguisse alcançá-lo. Aos 40, quando a torcida que estava na TV já havia trocado de canal, para secar o Palmeiras, Éverton Cebolinha – que foi a Portugal e apanhou o futebol que esquecera no armário do Benfica – deu para Éverton Ribeiro, de letra, fazer 3 a 0.
O que resta, agora, é esperar pelo milagre. Que não seria inédito…
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