O Everton recebeu, nesta sexta-feira (17/11), a maior punição já aplicada a um clube na história da Premier League. Após investigação promovida por uma comissão independente nomeada pela organização da liga, foi constatado que clube violou regras de sustentabilidade financeira e, por isso, acabou punido com a perda de dez pontos na atual edição da competição.
Antes, os Toffees estavam com 14 pontos, em 14º lugar, e passam, agora, a figurar na penúltima posição, com quatro unidades. Ao longo dos últimos três anos, o Everton teve um prejuízo de 372 milhões de libras (R$ 2,2 bilhões, aproximadamente), valor acima do teto estabelecido pelas regras de rentabilidade e sustentabilidade da Premier League, que determinam a quantia de 105 milhões de libras (R$ 638,2 milhões) como o déficit máximo que um clube pode apresentar em um triênio.
O time de Liverpool foi colocado sob investigação da comissão independente em março, após suspeitas levantadas por rivais. Em outubro, dirigentes foram ouvidos durante cinco dias de audiência. Em comunicado após a publicação da decisão, o clube, que tem ambiciosos planos de se mudar para um novo estádio na temporada 2025/2026, se disse "chocado" com desfecho e prometeu recorrer.
"O clube acredita que a comissão impôs uma sanação esportiva injusta e desproporcional. O clube não reconhece a conclusão de que não tenha agido com a máxima boa-fé e não entende que esta tenha sido uma alegação feita pela Premier League durante o processo. Tanto a dureza como a severidade da sanção imposta pela comissão não são um reflexo justo nem razoável das provas apresentadas", diz o posicionamento. A formação comandada por Sean Dyche volta a campo pelo campeonato nacional no dia 26, em casa, no Goodison Park, contra o Manchester United.
O Everton também afirma que vai monitorar "com grande interesse" as decisões que serão tomadas em relação a outros casos de violações financeiras na Premier League. O atual líder Manchester City e o Chelsea, décimo colocado, por exemplo, também foram acusados, neste ano, de não respeitarem as regras de rentabilidade e sustentabilidade da liga inglesa.
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