Basquete

Entenda por que o Nordeste ameaça tirar o NBB do eixo nesta temporada

Fortaleza é vice-líder do Novo Basquete Brasil atrás apenas do invicto Minas, Unifacisa-PB está na zona de classificação aos playoffs e nordestinos dão provas de força no primeiro mês da coompetição

A segunda melhor campanha da temporada é de uma time nordestino: O Fortaleza tem cinco vitórias e apenas uma derrota na temporada -  (crédito: Jotta Moura/Fortaleza Basquete Cearense)
A segunda melhor campanha da temporada é de uma time nordestino: O Fortaleza tem cinco vitórias e apenas uma derrota na temporada - (crédito: Jotta Moura/Fortaleza Basquete Cearense)
postado em 14/11/2023 01:05 / atualizado em 14/11/2023 01:05

Os regionalismos não são exclusividade do futebol no esporte brasileiro. No basquete, é comum esperar um amplo favoritismo de equipes da região Sudeste. Entretanto, o Novo Basquete Brasil (NBB) dá margem a uma realidade distinta aos representantes nordestinos: o vice-líder Fortaleza/Basquete Cearense e o décimo colocado Unifacisa.

As equipes protagonizaram o clássico regional no último domingo (12/11), com mando de quadra e vitória tricolor por 77 x 65. O destaque foi o armador argentino Sebastián Orresta com 18 pontos e nove rebotes. Ele foi um dos reforços para o ciclo 2023/2024, aumentando a força de uma equipe promissora.

O Fortaleza já contava com o maior pontuador médio do campeonato anterior. O ala estadunidense Dexter McClanahan obteve 21,4 pontos por partida em 2022/2023. Mesmo tendo desempenho surpreendente, ele não classificou o time para os playoffs. A vaga ficou com o Pato Basquete. Entretanto, os cearenses conseguem o melhor começo da equipe na história do NBB: cinco triunfos e uma derrota ao fechar um mês de jogos. Segunda colocada, a trupe está atrás apenas do invicto Minas. 

Do lado paraibano, apesar da campanha de três vitórias e três derrotas, o ânimo segue em alta. A derrota par o Fortaleza deixa o Unifacisa na metade da tabela, em décimo. A chegada ao mata-mata na edição anterior também garantiu uma boa posição de mercado para contratar nomes relevantes como os ala-pivôs David Nesbitt (campeão por Paulistano e Flamengo) e Rafael Rachel, cria rubro-negra e campeão nacional.

Consta no retrospecto recente do Unifacisa um feito impensável. Após superar o Corinthians no último playoff, pelas oitavas de final, o desafio seguinte era diante do Franca. O adversário, futuro campeão nacional e mundial, ostentava 100% de aproveitamento na temporada regular. Duas vitórias dos nordestinos comprometeram o título francano, que veio após a mancha da perda da invencibilidade imposta pela formação de Campina Grande.

Em meio às tradicionais forças de Rio de Janeiro e São Paulo, surgem times de fora do eixo dispostos a fazer mais barulho na liga nos próximos tempos. Evidenciar isso durante a maior edição do NBB em todos os tempos apenas ressalta a importância de crescimento do Nordeste para a bola laranja aos olhos de todo o país.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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