O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, revelou que a Arena MRV vai passar por uma troca de gramado nos próximos meses. O novo estádio atleticano, inaugurado em abril deste ano, vai contar com grama sintética. Apesar de nova, a arena já sofre com críticas por causa do qualidade ruim do gramado natural.
"Nós vamos colocar o sintético com absoluta certeza. Tomara que seja agora em dezembro ou janeiro, para que em fevereiro ou março já estejamos jogando com sintético", afirmou o dirigente em entrevista ao Flow Sport Club.
Coelho explica que a decisão se deve às características do estádio, que permite pouco sol no gramado ao longo do dia, e também ao estilo multiuso do local, o que causaria muitos danos ao piso natural.
"Só tem uma saída: o sintético ou híbrido, estamos estudando. Para o objetivo da arena, que é multiuso, com shows e futebol tem que ser sintético. (Se não) Não aguenta. O anel (abertura na parte superior do estádio) é muito fechado. Então a insolação (a incidência do sol) é péssima. Por mais que a gente tenha aquele equipamento (de gerar luz para o gramado), não adianta", declarou.
Inaugurada em 15 de abril, a Arena MRV recebeu o primeiro jogo oficial somente no dia 27 de agosto, entre Atlético-MG e Santos. A sequência de partidas no local e a realização de shows gerou reclamações por parte de jogadores e dirigentes de outros times quanto à qualidade do gramado.
A ideia não vai se restringir ao gramado do novo estádio. Na terça, o time sub-20 do Atlético já fez seu primeiro treino na grama sintética instalada no Campo 3 do CT Cidade do Galo. De acordo com o clube, o gramado é do tipo TG Sports, monofilamento. A altura dos fios é de 60mm, com preenchimento entre os fios com areia sílica, composto orgânico.
Polêmica
O Atlético se tornará o quarto time da primeira divisão do Campeonato Brasileiro a contar com gramado sintético. Os outros são o Palmeiras (Allianz Parque), o Athletico-PR (Ligga Arena) e o Botafogo (Engenhão).
A opção do Palmeiras foi alvo de críticas durante a Copa Libertadores. Antes da partida da volta pela semifinal, o time paulista foi criticado por jogadores e dirigentes do Boca Juniors, incomodados com a ideia de jogar num gramado sintético.
O goleiro Romero, do time argentino, chegou a afirmar que a Fifa deveria banir gramados deste tipo nas competições oficiais. "Me preocupa simplesmente que o gramado é sintético, que não é natural. É um pouco raro que a essa altura da vida tenhamos que falar de um clube de futebol com gramado sintético. A verdade é que a Conmebol ou a Fifa deveriam dizer que ou é híbrido ou é 100% natural para futebol, porque gramado sintético é para hóquei", declarou.
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