Basquete

NBB: Brasília vence o Pato fora de casa e se firma na zona do Super 8

Com estrangeiros inspirados, formação candanga trepida entre bons ajustes e apagões, mas vence a primeira fora de casa na liga

Dedé Barbosa foi mentor da virada em momentos difíceis para o Brasília no jogo -  (crédito: Maurício Moreira/Pato Basquete)
Dedé Barbosa foi mentor da virada em momentos difíceis para o Brasília no jogo - (crédito: Maurício Moreira/Pato Basquete)
postado em 03/11/2023 21:32 / atualizado em 03/11/2023 21:34

O Brasília passa a ter campanha positiva no começo do Novo Basquete Brasil (NBB). Na noite desta sexta-feira (3/11), a formação do Distrito Federal venceu o Pato Basquete no Ginásio do Sesi de Pato Branco, no interior do Paraná, pelo placar de 80 x 78. A vitória é a segunda em três jogos do time candango.

Os nomes de destaque claramente foram o ala Paulo Lourenço e Thomas Cooper, fontes da inspiração do jogo visitante, que fizeram valer a condução do time para o bom resultado, além do líder de reação, Christian Alaekwe. O triunfo mantém o retrospecto parelho com o sétimo colocado, União Corinthians, em termos técnicos, sendo um dos quatro times com apenas uma derrota até o momento, integrando a zona de classificação à Copa Super 8.

1º Quarto: Sangue frio e resistência

A organização defensiva em posição dificultou os arremessos, com a maioria da pontuação de começo se dando no garrafão. A primeira bola tripla foi brasiliense, com dois minutos e meio de jogo, em placar curto. A pressão da marcação justificou a lógica de baixa pontuação, além de alguns desperdícios com relativa liberdade em ambos lados.

A partida começava a esquentar com uma bola tripla mandante, com Michel, devolvida por Thomas Cooper: o norte-americano sinalizou silêncio e foi prontamente marcado pela torcida paranaense. Mesmo sofrendo com uma defesa que empurrava os candangos para trás, os visitantes terminaram os primeiros dez minutos à frente, por 20 x 15. Destaque para o ala Paulo Lourenço dentro e fora do perímetro, com sete pontos.

2º Quarto: Repertório é diferença

A paciência dos celestes manteve a presença na quadra rival e a pontuação no princípio da parcial. A velocidade foi uma tendência que demorou a entrar na partida, motivando um precoce pedido de tempo do técnico Jece Leite, do Pato. Para ter conforto, Brasília se encontrou na bola tripla como solução para encarar a marcação e o ritmo lento. Cooper seguiu a agir fortemente, convertendo duas vezes e dando uma assistência para Allan Beller. O camisa 2 fechou a primeira etapa como cestinha, com 15 pontos.

Entretanto, a reação dos locais no quarto em um 5 x 0 em um minuto, virando a parcial, forçou o timeout de Dedé Barbosa. Os problemas de distância de marcação para três e a falta de rebotes defensivos fizeram a diferença para os mandantes reduzirem a diferença que esteve em nove pontos para um, com seis minutos jogados. Sem deixar cair o ritmo, apesar de perder o período, o time da capital federal foi ao intervalo vencendo por 42 x 40.

3º Quarto: Para vencer, é preciso voltar do intervalo

Uma volta pouco enérgica dos candangos na etapa final foi revertida na virada do Pato na primeira bola do jogo, com um até então pouco presente José Materan. Impaciente pela palavra inválida nos vestiários, Dedé Barbosa deu bronca no time durante uma parada com quatro minutos jogados, em parcial desfavorável de 9 x 2.

Curiosamente, o técnico visitante seguiu a demorar para parar a partida, deixando expandir a 14 pontos sofridos no quarto, com seis minutos jogadas, para fazê-los. A essa altura, a reviravolta paranaense chegava aos dez pontos. Apenas aí valeu a volta efetiva no segundo tempo, com uma melhora nos rebotes defensivos e a atividade de Cooper e Paulo Lourenço, melhores nomes brasilienses da noite. A sangria construída foi reduzida a três pontos da diferença para os dez minutos finais.

4º Quarto: Para acontecer de tudo

Uma volta completamente distinta da face anterior, com 6 x 0 em um minuto, devolveram a vantagem com um basquete superiormente jogado. A reação dos locais tendeu a uma troca de pontos que não ocorreu pela aparição de Christian Alaekwe, com repentinos oito pontos: a parcial saltou para 14 x 5, levando a vantagem candanga de seis pontos até a parada de Jece Leite, com seis minutos por jogar.

De cabeça mais ajustada pela reviravolta — incentivada pelo técnico Dedé Barbosa — o Brasília conseguiu forçar as cinco faltas do Pato na metade do quarto. Entretanto, um novo aperto de marcação e uma frequência na pontuação, deram uma proximidade no marcador. O fim do jogo se direcionou parelho, com tempo pedido pelos candangos após empate entregue por turnover e falta cometidos por um Deryk perceptível apenas neste momento negativo.

No minuto final, a posse em Cooper devolveu a vantagem com dois lances livres, credencial do cestinha geral, com 23 pontos. Na sequência, Paulo Lourenço roubou a bola de Moraes e devolveu a posse aos visitantes, que desperdiçaram a chance de matar o jogo. Nos segundos finais, o Pato teve dois lances livres para levarem à prorrogação. Veríssimo errou ambos lances e deu o triunfo aos celestes. A próxima vez dos candangos em quadra será em casa, no Nilson Nelson, na próxima quinta-feira (9/11), às 19h30, contra o Caxias.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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