Futebol

Entenda como o Boca sonha em se oficializar como "Rei de Copas"

Maior campeão continental em conjunto com o Independiente, os xeneizes podem superar o rival de Avellaneda no aspecto total e igualar feito na Copa Libertadores

Vice-presidente e antigo rival do Fluminense pela Libertadores, Juan Román Riquelme venceu quatro títulos com a camisa do Boca Juniors -  (crédito: DANIEL GARCIA)
Vice-presidente e antigo rival do Fluminense pela Libertadores, Juan Román Riquelme venceu quatro títulos com a camisa do Boca Juniors - (crédito: DANIEL GARCIA)
postado em 01/11/2023 15:55

Nos tempos atuais, não é mistério que o Boca Juniors é um dos maiores clubes do continente. Essa fama se dá pelas proporções relativamente recentes que a equipe argentina ganhou na Libertadores, na qual volta a ser finalista neste sábado (4/11), às 17h, no Maracanã, contra o Fluminense.

Dos seis títulos xeneizes na história da copa, quatro se dão no novo milênio. Isto representa um grande crescimento no tempo, em apenas 36,5% da idade da competição iniciada em 1960. No período, passou de ser o quarto maior campeão da América do Sul — junto de River Plate, Olimpia, São Paulo, Santos, Grêmio e Cruzeiro — para ser o segundo de forma isolada, com as taças de 2000, 2001, 2003 e 2007.

A política também fez parte deste período, com um nome específico à frente das glórias, nos bastidores. Por mais que Carlos Bianchi tenha sido responsável por um tri em quatro anos (e Miguel Ángel Russo tenha vencido a sexta taça, em 2007), o período de presidência de Maurício Macri, de 1995 a 2008, fez total diferença. Nesta época, o time azul e ouro ainda somou às vitrines mais oito troféus nacionais.

A queda do Rei

A chegada do Boca no topo da lista de vencedores da Libertadores se deve, também, a uma queda abrupta de um dos principais rivais do finalista de 2023. Ainda chamado como “Rei de Copas”, o Independiente parou no tempo em 1984, quando venceu a sétima e última conquista do torneio sul-americano. No século 21, o clube de Avellaneda participou apenas três vezes do campeonato onde é o maior vencedor.

Entretanto, o título é chamado também pela representação de La Bombonera. Isto se deve ao empate em títulos internacionais com o vizinho de cidade, com ambos possuindo 18 conquistas fora do país. A resposta pela principal competição das Américas é dada em uma das canções cantadas pelos vermelhos: “A Argentina tem um só Rei de Copas, que se chamará para sempre Independiente”, canta a torcida, com frequência.

Não à toa, o estádio dos “Rojos” leva o nome da copa, Libertadores da América, também possuindo a homenagem ao maior ídolo da instituição. Segundo maior vencedor como jogador, com cinco troféus (um atrás do também ídolo Francisco “Pancho” Sá), Ricardo Enrique Bochini foi o maior referente do único tetracampeão consecutivo da Liberta, de 1972 a 1975.

Em um contexto geopolítico internacional, a Argentina deixou de crescer no continente após a introdução da ditadura militar no país. De 1976 a 1983, apenas dois títulos foram do país hermano. Anteriormente, de 1964 a 1975, apenas o Peñarol de 1966 e o Nacional uruguaio de 1971 barraram os vizinhos do Rio da Prata.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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