Fifa acata CBF e torna mundial a suspensão do atacante Alef Manga

Atacante ex-Coritiba rompe com time cipriota após a Fifa seguir recomendação de suspensão a julgados por manipulação de resultados feita pela CBF, em agosto - (crédito: Guilherme Griebeler/Coritiba)

A Federação Internacional de Futebol (Fifa) informou nesta terça-feira (31/10) que a punição de 360 dias imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao atacante Alef Manga tornou-se mundial. Ao receber notificação da Comissão Disciplinar da entidade, o brasileiro não pode mais jogar pelo Pafos, clube do Chipre.

O vínculo com os cipriotas iria até junho do ano que vem, enquanto o contrato do jogador com o Coritiba, que o emprestou, expira em dezembro de 2024. O jogador de 28 anos foi um dos condenados na Operação Penalidade Máxima, que deflagrou um esquema de apostas envolvendo jogadores de futebol. Ele admitiu participação na estrutura de manipulação.

Decisão da Fifa permite acionamento de cláusula

No contrato de cessão entre Manga e os cipriotas, há uma cláusula que possibilita ao Pafos não pagar pelo empréstimo do atleta em caso de extensão da sanção, o que aconteceu nesta terça-feira (31/10). Com a decisão da Fifa, o clube acionará a cláusula. O atacante disputou seis partidas pelo Pafos, o último deles no último dia 23. Mais de dois meses, portanto, após a sanção iniciada em 31 de maio.

Além da suspensão por 360 dias, Manga recebeu multa em R$ 30 mil no julgamento inicial. Com a ratificação da sentença no Pleno do STJD, em 28 de setembro, pulou para R$ 50 mil. Alef Manga se tornou réu no processo que investiga a manipulação no futebol brasileiro após acusação de ter forçado receber um cartão amarelo em troca de R$ 45 mil de apostadores. A partida em questão seria entre Coritiba e América-MG, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) apresentou denúncia contra o jogador, que viu o Coritiba afastá-lo de imediato e, depois, negociá-lo. Seu último jogo pela equipe paranaense ocorreu diante do América-MG, no Couto Pereira, pela 14ª rodada do Brasileirão deste ano. Em agosto, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu à Fifa e às federações filiadas em todo o mundo para colaborarem na suspensão de envolvidos nas manipulações em território brasileiro.