Basquete

Cerrado perde fora de casa para o Pato Basquete, pelo NBB

Com estreia tímida dos estrangeiros, o alviverde candango segue sem vencer na competição, perdendo a primeira fora de casa, no Paraná

O Cerrado segue de mal com o ataque nos primeiros confrontos do Novo Basquete Brasil (NBB). Na noite desta terça-feira (31/10), a equipe perdeu a primeira partida fora de casa para o Pato Basquete, por 83 x 65, no Ginásio do Sesi de Pato Branco, no interior do Paraná, sendo a terceira queda até então.

Os nomes comuns ditaram o ritmo do confronto. Tidos como trunfos da temporada, os estadunidenses tiveram sua estreia de forma tímida, com pouca presença ao longo do jogo, combinando para 23 unidades, as mesmas do cestinha, Materan. Assim, o alviverde só não perdeu mais partidas do que o Botafogo, com uma partida a mais (quatro), todas com derrotas.

1º Quarto: Ataque carente

Em um começo bem pontuado dos paranaenses, a marcação candanga pecou em dois lances nos dois primeiros minutos de jogo, ao cometer duas faltas em arremessos triplos. O entrosamento entre os americanos e a unidade anterior em partida se firmou melhor na defesa do que no ataque, como desejava a equipe. Porém, com o 13 x 7 no marcador, em quatro minutos, Régis Marrelli teve de parar o jogo.

Entretanto, os problemas não se resolveram: a bola tripla (tendência durante o período) seguia a castigar, com metade dos pontos dos locais desde o perímetro, apesar da dobra na marcação. Além disso, os brasilienses tardaram seis minutos e meio para superar os dez pontos, com direito a seis turnovers. Apesar de uma melhora nos instantes finais, a desvantagem foi de oito pontos, em um 24 x 16.

2º Quarto: Do banco, a solução

Os problemas no lado cerradista seguiram durante a parte final do primeiro tempo, com apenas quatro pontos em cinco minutos, quando do segundo timeout visitante. A sorte estava nos erros locais, como dois airballs (bola sem contato com a tabela ou o aro) e um erro em bandeja solitária. O destaque era a efetividade de José Materan: o venezuelano tinha 15 pontos e 83% de aproveitamento em 20 minutos.

O banco de reservas era uma solução imediata para tentar evitar a boa ação do Pato. Em 17 minutos, metade dos pontos vieram da rotação, mantendo o time da capital federal na partida. Matheus Buiú era a principal válvula de escape, fechando a etapa inicial com 11 pontos e 61% de conversão total. Assim, a parcial perdida em três pontos indicou que a formação de Brasília pudesse competir após o intervalo.

3º Quarto: Inspiração para a reação

Liderado pelo principal nome suplente, Buiú, os candangos tentavam uma reação para manter a partida abaixo dos dois dígitos de diferença no marcador. Entretanto, a maior rotação de pontos, junto da marcação eventualmente ausente no homem a homem, facilitou a manutenção do ritmo. Um melhor encaixe após a parada no meio do período, por Régis Marrelli, colocou a partida mais parelha.

O camisa 14 cerradista bateu o recorde pessoal ao chegar em 21 pontos antes da parada do treinador local, Jece Leite. Assim, o atleta alviverde passava a ser o cestinha do duelo, ajudando a uma vantagem de 9 x 2 nos últimos três minutos do quarto. Isto levou a uma parcial de 22 x 16 e à redução da desvantagem para cinco pontos.

4º Quarto:

O foco no sistema defensivo no começo foi o destaque brasiliense para tentar manter a contenção aos parananenses. Curiosamente, os quatro primeiros minutos foram pouco pontuados, com placar interno de 6 x 2, em tendência similar ao começo do segundo quarto. No meio-período, um dos americanos se fez notar na pontuação. William Green III marcou uma bola tripla para reduzir o placar a seis pontos. Este fechou o jogo com 14, apenas o segundo cerradista a fazê-lo.

Uma troca pouco intensa de pontos no garrafão tocou a reta final da partida, com menos emoção do que a ocasião merecia, motivada por uma nova queda no ataque visitante. Assim, o Cerrado teve a terceira derrota no NBB 2023/2024. Apesar de enfrentar um time sulista na sequência, o Cerrado volta de imediato para a capital federal. Será na próxima terça-feira (7/11), no Ginásio da Asceb, contra o União Corinthians.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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