Futebol

Planaltina x Ceilandense: final indica que melhor ataque é ter goleiro

Protagonistas da final deste domingo, ás 10h, no Defelê, na Vila Planalto, os donos das traves de Planaltina e Ceilandense sofreram apenas um gol na campanha da segunda divisão do Distrito Federal

A condição de resistência defensiva justifica os acessos de Planaltina e Ceilandense, finalistas do Candangão Série B 2023 neste domingo, às 10h, no Defelê, na Vila Planalto. A entrada para a decisão é 1kg de alimento não perecível. Com apenas um gol sofrido nos sete jogos até a promoção, o Galo e o Dragão terão uma batalha nos dois extremos do campo, exigindo a resposta defensiva.

O local do confronto, o Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, o Defelê, na Vila Planalto, foi um palco onde outros goleiros assumiram papel de vilão em outra final. Na elite deste ano, a falha na saída de bola de Edmar Sucuri causou o empate entre Real Brasília e Brasiliense no agregado. O erro grave levou a decisão para os pênaltis. Desde a marca da cal, tanto o arqueiro do Jacaré quanto Wendell — defensor do penal derradeiro — pegaram duas cobranças e impactaram o resultado.

A importância dos guarda-metas se amplifica ao falar de dois dos três melhores ataques considerando todo o torneio. O Ceilandense fez 28 gols. Tem o melhor ataque. O Planaltina marcou 13.

O dono do segundo lugar — Luziânia, com 16 — foi parado no mata-mata justamente pelo Galo. Precisou de um toque de cabeça perfeito na volta para vencer o goleiro Vagner. "Graças a Deus levamos apenas um gol, em um lance confuso. Não queríamos levar, mas aconteceu. No geral, o trabalho que estamos fazendo faz toda a diferença", pondera Vagner.

"Temos uma defesa muito boa e muito bem treinada pelo Hugo (Burgos). A cobrança do técnico nos treinamentos tem nos deixado focados nos jogos. Eles têm o melhor ataque, e nós, juntamente com eles, a melhor defesa: será um grande jogo, decidido nos detalhes. Temos uma zaga muito boa que mescla a juventude com a experiência e acreditamos que possamos sair com a vitória", analisa. Essa é a primeira final de campeonato do Planaltina. O acesso em 1999 à elite se deu com o quarto lugar.

Enquanto o goleiro do lado rubro demorou seis jogos para ter o arco vazado, o tricolor Vavá tomou o único gol na estreia (também contra o Luziânia), tendo a maior sequência invicta desde então. "A gente sabia da dificuldade durante a competição, caímos em uma chave muito forte com times muito bem montados. Acredito que a gente vem se preparando melhor, fazendo um excelente trabalho durante as semanas para chegar bem no jogo", acredita.

A unidade conjunta é o fator principal para o sucesso e o nível da campanha de acordo com o goleiro. "O mais importante é o grupo estar fechado e unido pelo mesmo objetivo. Temos uma excelente defesa, com a dupla de zaga e volantes muito bons. Hoje, acredito que a gente é a melhor defesa da competição. São atletas muito qualificados. Não à toa estamos na final. A gente conseguiu o primeiro objetivo, agora vamos por esse segundo", diz, referindo-se à tentativa do título depois do acesso.

FICHA TÉCNICA

Planaltina

Vagne Hugo; Maranhão, Iarley, Tonhão e Rivaldo; Juninho Arinos, Alê e Matheus; Wesley Ceifador, Léo Lopes e João Victor
Técnico: Hugo Burgos

Ceilandense

Vavá; Caetano (Pedrinho), Igor Morais, Gabriel e Romário; Coquinho, Lila (Tarta) e Kersul (Luiz Fernando); Matheus Faleiro, Joãozinho (Luquinhas) e Felipe Clemente (Americano)
Técnico: Luís dos Reis

Horário: 10h

Estádio: Defelê, na Vila Planalto

Árbitro: Rafael Martins Diniz

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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