A evolução da McLaren na temporada alcançou mais uma marca no GP do Catar, no domingo (8/10). Além da dobradinha no pódio com Oscar Piastri e Lando Norris, a equipe de Woking quebrou o recorde de pit stop mais rápido da história da Fórmula 1. Os mecânicos levaram apenas 1,80 segundos para trocar os pneus do piloto britânico, superando em dois milésimos a marca da Red Bull estabelecida no GP de Interlagos em 2019, com 1s82.
O circuito de Lusail teve uma mudança nos limites de cada composto por medidas de segurança, com cada conjunto podendo percorrer no máximo 18 voltas. Com isso, os pilotos do grid foram obrigados a fazer no mínimo três paradas até completar o percurso. O recorde foi quebrado no giro 28, valendo como a segunda troca de Norris.
"As restrições com os pneus representaram um desafio interessante para a equipe, pois tivemos que adaptar nossa estratégia, nos preparando para seis paradas. No entanto, nosso time se saiu bem e o trabalho brilhante dos mecânicos resultou no pit de 1s8", disse Andrea Stella, chefe da montadora.
A efeito de comparação, a McLaren perdeu uma chance de pódio no GP do Canadá de 2022 ao demorar 6 segundos em uma parada de Daniel Ricciardo, então piloto da equipe, e 36 segundos em outra do britânico. Na ocasião, os mecânicos levaram os compostos errados para fazer a troca e precisaram buscar os corretos.
O feito alcançado neste final de semana fica ainda mais surpreendente tendo em vista a mudança no regulamento da F1 que deixava os pit stops mais lentos. A medida foi adotada em 2021 e impedia a automação excessiva dos procedimentos, com objetivo de evitar erros como porcas frouxas ou rodas soltas. Segundo Christian Horner, chefe da RBR, a regra foi criada para atrapalhar a equipe austríaca.
Em 2019, a Red Bull estabeleceu a parada mais rápida três vezes. A primeira foi de 1s91, seguido por uma de 1s88 até a marca quebrada neste domingo, de 1s82. O recorde anterior era da Williams, que trocou os pneus calçados por Felipe Massa em 1s92 em 2016.
A Fórmula 1 volta à ação em duas semanas, em 22 de outubro, para o GP dos Estados Unidos. Mesmo com o título de pilotos e construtores já decidido, a corrida no Circuito das Américas ainda vale muito na disputa por outras colocações. Em novembro, a elite do automobilismo desembarca no Brasil para o prêmio de Interlagos, entre os dias 3 e 5.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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