LIBERTADORES

Ex-lateral de Boca Jrs. e Palmeiras palpita sobre a semifinal

Embora tenha vínculo com as duas equipes, Dermival Almeida Lima, o Baiano, não fica em cima do muro no momento de escolher um lado para torcer nesta quinta-feira, às 21h30, em São Paulo

No início da semana, Deyverson revelou, em entrevista ao diário argentino Olé, o desejo de jogar no Boca Juniors. Nada impede a realização do sonho do centroavante do Cuiabá. Porém, a atuação do clube hermano no mercado da bola geralmente não costuma contemplar brasileiros. Raras são as exceções, como Dermival Almeida Lima, ou, simplesmente Baiano. O ex-lateral direito vestiu a camisa xeneize, mas deve isso às atuações seguras pelo Palestra. Nesta quinta-feira (5/10), os dois times se reencontram no último capítulo da semifinal, às 21h30, no Allianz Parque.

Direto de Jundiaí (SP), Baiano atendeu ao Correio, relembrou a trajetória pela equipe paulista e o início da jornada na Argentina. "Cheguei no Palmeiras em 2003 para substituir o Arce na Série B, quando fomos campeões. No ano seguinte, fizemos uma campanha maravilhosa e levamos o Palmeiras para a Libertadores. Nisso, o Boca Jrs. tinha vendido o Tévez para o Corinthians. Toda a diretoria argentina estava no estádio para acompanhar aos jogos contra o São Caetano e Paraná, numa quarta e domingo. Fiz gols nesses dois jogos e recebi o convite", compartilha.

A princípio, Baiano não acreditou, pensou que era pegadinha. "Tive de pesquisar para ver quem era o presidente do Boca Juniors. Fiquei surpreso, pois nós, brasileiros, recebemos mais propostas da Europa do que do país vizinho. A proposta foi boa e, por ser o centenário do clube, foi muito bom. Quando o Maradona ia à Bombonera, parecia que o estádio ia desabar. Nos jogos que ele foi, marquei gols contra Pachuca e Sporting Cristal", relata com carinho. "Sou muito grato. Foi uma experiência marcante na minha carreira. Hoje, estou na história do Palmeiras e do Boca. É algo que nem nos meus melhores sonhos de infância que imaginava", discursa.

O fato de ter vestido as duas camisas não deixa Baiano em cima do muro para palpitar sobre o desfecho da noite na Zona Oeste paulistana. "Vivi momentos muito lindos e marcantes no Boca. Um deles, quando fiz gol em Libertadores e o Maradona desceu para o campo e me pediu a camisa de jogo. Isso é inesquecível, mas tenho um carinho maior pelo Palmeiras. Cheguei ao time na Série B e saí classificado para a Libertadores. A experiência no Boca foi intensa, mas não consegui ser campeão, sai antes da final da Sul-Americana", justifica.

Aos 45 anos, a experiência do ex-lateral o leva a crer que o empate sem gols na Bombonera foi benéfico. Ele arrisca o placar e, de quebra, de quem serão os pés que balançarão as redes. "Acredito que o resultado do jogo na Bombonera foi excelente para o Palmeiras, sobretudo pela quantidade que gols que eles perderam, principalmente em bolas com o Cavani. É de se comemorar, pois no Allianz Parque o Palmeiras jogara para cima em busca da classificação. Acredito no 2 x 1 para o Palmeiras, com gols de Rony e Raphael Veiga. Estamos fazendo uma campanha maravilhosa", ressalta.

Ficha técnica

Palmeiras x Boca Juniors
Libertadores (volta)

Quando: Quinta-feira (5/10), às 21h30
Onde: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Transmissão: ESPN e Star+
Árbitro: Andrés Matonte (URU)

Prováveis escalações

Palmeiras - Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael, Gabriel Menino e Raphael Veiga; Mayke, Artur e Rony. Técnico: Abel Ferreira

Boca Juniors - Romero; Advíncula, Figal, Roja e Fabra; Medina, Pol Fernández, Ezequiel Fernández e Barco; Merentiel e Cavani. Técnico: Jorge Almirón

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